Entretenimento
Sandrão processa Amazon por 'Tremembé' e pede R$ 3 milhões
Ex-detenta afirma que série distorce fatos, usa sua imagem sem autorização e reacende ameaças em Mogi das Cruzes.
Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida como Sandrão, entrou com um processo contra a Amazon devido à série “Tremembé”, lançada recentemente na plataforma.
Ela solicita R$ 3 milhões por danos morais, uso indevido de imagem e suposto excesso na liberdade de expressão, segundo informações divulgadas na coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo.
A ação tramita na 1ª Vara Cível de Mogi das Cruzes, no Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com os autos, Sandrão afirma que a produção apresentou fatos distorcidos sobre sua participação no crime ocorrido em 2005, pelo qual foi condenada. Ela sustenta que “Tremembé” divulgou mentiras, especialmente ao retratá-la como mentora intelectual do sequestro e assassinato de um adolescente de 14 anos. Também contesta uma cena em que entrega uma arma a um menor, alegando que isso nunca aconteceu.
A ex-detenta relembra que sempre afirmou ter sido coagida e ameaçada ao fazer as ligações pedindo resgate à família da vítima. Inicialmente condenada a 27 anos, pena depois reduzida para 24, Sandrão está no regime semiaberto desde 2015. Nos documentos, ela relata que, após o lançamento da série, voltou a receber ameaças e que sua rotina em Mogi das Cruzes foi diretamente afetada. “Desde a estreia da produção, a autora não consegue sair de casa e teve seu direito cerceado”, registra a ação.
Sandrão também diz que não autorizou o uso de sua história na produção e que soube da estreia apenas pela imprensa. O valor pedido, argumenta, leva em conta o porte internacional da empresa.
Não apresentou defesa
A Amazon, até o momento, não apresentou defesa e afirma que não comenta processos judiciais. Já a representação de Sandrão não respondeu às solicitações da Folha de S. Paulo.
“Tremembé” já era alvo de atenção jurídica antes da estreia. A plataforma mobilizou uma equipe especializada para revisar o roteiro e evitar ações judiciais de personagens retratados. Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, ambas com destaque na série, receberam atenção especial da equipe legal devido ao histórico de Suzane de processar emissoras por supostos abusos. A criminosa já venceu ações contra a Globo e a Record envolvendo abordagens consideradas excessivas em reportagens e programas jornalísticos.
O caso de Sandrão, no entanto, é o primeiro processo diretamente relacionado à adaptação da obra.
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