Entretenimento
O que aconteceu com Doca Street? O destino do homem que matou Ângela Diniz
Quase 50 anos após o crime, a nova série da HBO Max reacende o debate sobre o caso e o destino do empresário condenado.
A história de Ângela Diniz, uma das socialites mais conhecidas do Brasil nos anos 1970, voltou a chamar atenção com a estreia da série "Ângela Diniz: Assassinada e Condenada", lançada nesta quinta-feira (13) pela HBO Max. A produção revive os últimos meses de vida da mineira e o relacionamento conturbado com Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street, homem que tirou sua vida em dezembro de 1976.
O romance entre Ângela e Doca durou apenas quatro meses, marcado por brigas e reconciliações. Na véspera do Réveillon daquele ano, após uma discussão na casa de praia da vítima, em Búzios (RJ), o empresário disparou quatro vezes contra ela, que morreu aos 32 anos. Depois do crime, Doca fugiu e permaneceu escondido por algumas semanas, até se entregar à polícia.
O julgamento só aconteceu em 1979 e entrou para a história jurídica e social do país. A defesa de Doca alegou “legítima defesa da honra”, tese que tentou justificar o assassinato como reação à suposta provocação da vítima. O argumento causou indignação e acabou reduzindo a pena do réu para dois anos por homicídio culposo, decisão que gerou protestos e deu origem ao lema feminista “Quem ama não mata”.
Diante da pressão popular, um novo julgamento foi realizado em 1981, quando Doca recebeu pena de 15 anos. Após sua libertação, ele manteve-se longe dos holofotes.
O empresário faleceu em 18 de dezembro de 2020, aos 86 anos, em um hospital em São Paulo, após sofrer um ataque cardíaco.
Em 2006, Doca Street lançou o livro "Mea Culpa", publicado trinta anos após o crime, no qual apresentou sua versão dos fatos. A obra foi alvo de críticas da família de Ângela Diniz.
Série na HBO Max
Quase meio século depois, o caso volta a ser revisitado em "Ângela Diniz: Assassinada e Condenada", dirigida por Andrucha Waddington e estrelada por Marjorie Estiano e Emílio Dantas.
A série, inspirada no podcast "Praia dos Ossos", não apenas relembra o crime, mas também reflete sobre o impacto de uma tragédia que expôs o machismo estrutural e mudou o modo como o país discute violência contra a mulher.
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