“Tudo É Justo”, novo lançamento do produtor Ryan Murphy (“American Horror Story”) horrorizou a crítica internacional, mas a série não é de terror. A produção é um drama jurídico estrelado pela influenciadora Kim Kardashian e grande elenco feminino, que acompanha um grupo de advogadas de divórcio que deixa o antigo escritório para fundar uma firma exclusiva para mulheres. A produção chegou na terça (4/11) na Disney+ com uma nota impressionante: 0% de aprovação da crítica americana no Rotten Tomatoes.



O que deu errado?

Os críticos americanos destacaram a falta de profundidade do roteiro e da trama, tida como desconexa e superficial. Kardashian, que diz também estar tentando se tornar advogada, produz a série com Murphy e sua mãe, Kris Jenner. Segundo a influenciadora, sua personagem, a dona da firma feminina, foi inspirada na advogada de divórcios de celebridades Laura Wasser, que a representou em seus divórcios de Kanye West e Kris Humphries.

As demais advogadas da trama são interpretadas por atrizes premiadas: Sarah Paulson (“American Horror Story”), Naomi Watts (“O Impossível”), Niecy Nash-Betts (“Dahmer: Um Canibal Americano”), Teyana Taylor (“Um Príncipe em Nova York 2”) e Glenn Close (“Damages”).

“O pior programa do ano”

O jornal americano USA Today, classificou a série como “o pior programa de TV do ano”. “Um programa embaraçosamente terrível, com roteiros piores do que o que o ChatGPT cuspia há dois anos e atuações piores do que o espetáculo natalino do seu bairro, ‘Tudo É Justo’ é um desastre absoluto de proporções tão extravagantes que espanta que ninguém no processo de produção tenha parado e perguntado aos colegas: ‘O que estamos fazendo aqui?’”.

A resenha do The Hollywood Reporter considerou a série “descerebrada” e avaliou a atuação de Kim Kardashian como “desprovida de emoção”. “Esses personagens são tão rasos, suas tramas tão frágeis e seus motivos tão mal escritos que não há emoção reconhecível por trás de nada disso e, portanto, nenhum sentimento que possa ser provocado ao assistir”. Além disso, “a performance de Kardashian, rígida e sem afeto, sem uma única nota autêntica, é exatamente o que a escrita — também rígida e sem afeto, sem uma única nota autêntica — merece”.

“Terrível”, “brega”, “repugnante”

A crítica do jornal britânico The Guardian registrou: “Eu não sabia que ainda era possível fazer televisão tão ruim. A nova série de Ryan Murphy é terrível. Fascinantemente, incompreensivelmente, existencialmente terrível”.

Outro jornal britânico, o Daily Telegraph, mirou o produtor: “Ryan Murphy é o sumo sacerdote da televisão brega e de mau gosto, e neste ano ele se superou com um programa de horror alucinante, certo de provocar pesadelos no espectador desavisado”.

Uma terceira publicação do Reino Unido, o jornal The Times, também condenou a atuação de Kardashian: “Você deve ter um ego bastante saudável para estrelar o que pode muito bem ser o pior drama televisivo já feito”. A resenha avacalha: “‘Tudo É Justo’ é tão ruim que nem é divertido. Acha que é uma fábula feminista sobre advogadas espirituosas dando o troco em homens ricos e cruéis, mas é, na verdade, um monumento cafona e repugnante à mesma ganância, vaidade e avareza que diz mirar. Tudo roteirizado, parece, por uma criança que não conseguiria escrever ‘bunda’ numa parede”.

Atrizes desembarcam no Rio para evento exclusivo

Em meio a essa rejeição unânime, a socialite, influenciadora e atriz Kim Kardashian desembarcou no Rio de Janeiro com as atrizes Sarah Paulson, Naomi Watts e Niecy Nash para participar de um evento de divulgação da série. “Tudo É Justo” já está disponível na Disney+.