“Ginny & Georgia”, atualmente na terceira temporada da Netflix, surpreendeu o público com uma reviravolta inesperada. Na segunda temporada, Georgia, interpretada por Brianne Howey, cometeu o assassinato de Tom Fuller, em flerte da série com dilemas morais extremos.

Entenda o motivo!

Por que Georgia matou Tom Fuller em “Ginny & Georgia”

A trajetória de Georgia Miller, desde os primeiros episódios de “Ginny & Georgia”, mostrou muita luta. A protagonista teve uma infância conturbada, marcada por abusos de seu padrasto e pela negligência de sua mãe, o que a leva a fazer de tudo para proteger os filhos, Ginny (Antonia Gentry) e Austin (Diesel La Torraca).

Além disso, engravidou de Ginny muito jovem, o que a forçou a amadurecer rapidamente e a desenvolver um instinto protetor feroz. Durante anos, Georgia viveu em constante modo de sobrevivência, mudando de cidade, usando identidades falsas e recorrendo a meios ilícitos para garantir o bem-estar da família.

Mesmo que precise mentir, manipular, roubar e até matar, Georgia justifica suas ações como medidas extremas para evitar que Ginny e Austin sofram o que ela sofreu. Na segunda temporada, a protagonista chega ao extremo envolvendo Tom, em morte que repercurte até a terceira – e mais recente – das temporadas.

A protagonista vai presa no dia do casamento com Paul (Scott Porter), acusada pelo assassinato de Tom, já apresentado em estágio terminal. O coma prolongado corrói a família: Cynthia (Sabrina Grdevich), a esposa, se desdobra entre luto antecipado e responsabilidades, enquanto o filho Zach (Connor Laidman) convive com a ausência de uma figura paterna ainda viva.

Georgia matou Tom para retribuir favor em “Ginny & Georgia”

Nesse meio tempo, Cynthia confessa para a ex-rival que desejaria libertar o marido daquele sofrimento interminável, mas não sabe como lidar com a culpa que sente. Georgia, portanto, toma uma atitude bem controversa ao sufocá-lo com o travesseiro, sem aparentar nenhum ódio, com lágrimas nos olhos.

Porém, a atitude, que pode ser vista como um favor à mulher que protegeu Georgia de Gil (Aaron Ashmore), ex-namorado tóxico e pai de Austin, também garante vantagem em disputa de poder que começou na primeira temporada.

A protagonista, entretanto, enxerga o gesto como retribuição: Cynthia dificultou o retorno de Gil, que ameaça o futuro de Georgia e dos filhos, à cidade. Na visão de Georgia, portanto, favores extremos pedem pagamentos igualmente extremos.

O assassinato de Tom, portanto, foge da motivação de outros crimes cometidos por Georgia, mas também foi uma forma de redenção com Cynthia, de quem já foi rival. Em momento raro da série da Netflix, a protagonista age por empatia e não por medo, como em outros crimes cometidos.

O plano, contudo, parecia perfeito até sua prisão, levando Ginny a tomar atitudes tão questionáveis quanto as da mãe. Durante o julgamento, a herdeira manipula Cynthia e coloca Gil no centro da culpa, com o assassinato de Tom podendo trazer consequências graves em novos episódios.

Cynthia, por exemplo, pode buscar vingança por ter sido enganada, enquanto Ginny carrega o peso de ter sujado as mãos para salvar a mãe e Georgia precisa arrumar uma maneira de abandonar a violência.

As três temporadas de “Ginny & Georgia” estão disponíveis na Netflix. A quarta já foi confirmada.

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