“Eu tive uma vida muito movimentada.” A frase de Aguinaldo Silva resume o que o público pode esperar do livro de memórias Meu Passado me Perdoa, autobiografia lançada pelo autor. Na obra, ele reúne histórias de sua vida pessoal que se misturam aos acontecimentos profissionais.

“Por que não dar meu testemunho e deixar essa minha história para que as pessoas leiam e julguem se eu vivi uma boa vida?”, avalia Aguinaldo em entrevista ao Metrópoles.

Responsável por novelas que marcaram o público, como Senhora do Destino e Império, Aguinaldo ressalta que a biografia inclui relatos de crises pessoais e bastidores de algumas de suas tramas de sucesso na televisão. Trabalhos esses que ele deseja manter intocados por outras pessoas.

Em meio a possibilidade de Vale Tudo, sucesso do escritor e jornalista na década de 1980, ganhar um remake, Aguinaldo faz questão de destacar que é contra esse tipo de criação, em alta após a versão de Bruno Luperi de Pantanal.

“Acho que a novela acontece na hora em que ela é produzida. Cada novela é uma novela diferente. Quando a novela funciona, ela funciona por uma série de coisas. A novela é única, ela funciona e acaba. Se é outra, então por que não faz uma inédita? Tem muita novela boa e inédita por aí.”

“Ser ator é você criar um personagem e você saber como é diferente. Se você não é um ator, se você não foi feito para isso, você não vai funcionar”, avalia Aguinaldo Silva.

Mesmo com algumas questões, ele ressalta que “as novelas brasileiras continuam tendo um altíssimo nível de produção e qualidade” e que ainda existem elencos muito bons, mesmo que apareçam pessoas que não são atores.

Aguinaldo ainda revelou quais são as novelas preferidas de sua carreira: Tieta, Pedra Sobre Pedra, Senhora do Destino e Indomada.
Mas essa não é a única crítica do autor à atual dinâmica das novelas. Com cada vez mais influenciadores, como Jade Picon e Rafa Kalimann, sendo escapados para essas produções, ele sente necessidade de destacar uma premissa básica: é necessário ter talento para ser ator.