Sucesso na Globo nos anos 90, Guilherme Fontes poderá ser visto na televisão como Marcos Assunção em Mulheres de Areia (1993), trama que irá voltar para o canal depois de Chocolate com Pimenta (2003). O artista interpretou papéis importantes e passou por alguns problemas na carreira. Em 2017, a estrela do folhetim precisou deixar o imóvel em que vivia no Rio de Janeiro, após a casa ser arrematada em um leilão judicial.

O processo foi uma decorrência de longos anos de um projeto do best seller Chatô, O Rei do Brasil, obra de Fernando Morais. Em 2014, o ator foi condenado a indenizar os cofres públicos no valor de R$ 66,27 milhões por causa da quantia que ele captou através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual. Este seria o valor corrigido dos R$ 8,6 milhões captados apenas para realização do filme.

Guilherme Fontes também foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa. A ação apontava que a produção recebeu R$ 51 milhões para um filme que só foi lançado em 2015. Também se questionou a falta das prestações de contas.

A produção do projeto começou em 1994 e contou com patrocínio empresas privadas e órgãos públicos. As gravações foram interrompidas e retomadas inúmeras vezes. A RioFilme firmou contratos com a produtora Guilherme Fontes Filmes nos quais se previa a entrega de uma primeira cópia do filme em 2004, mas isso só ocorreu mais de 10 anos após o prazo estabelecido.

Além de O Rei do Gado (1996), o ator acumula mais de vinte séries e novelas. Na televisão, ele se destacou como Marcos em Mulheres de Areia (1993), papel que interpretou como o homem que vivia o conflito entre o amor das gêmeas Ruth e Raquel (Gloria Pires). Em A Viagem (1994), o ator participou como o vilão Alexandre Toledo.