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Atriz da Globo revela ter sido drogada e estuprada por diretor aos 18 anos

Com 30 anos, atriz fez revelação em seu Instagram e contou detalhes à revista 'Claudia'

Por Pnoticias 15/07/2020 17h36
Atriz da Globo revela ter sido drogada e estuprada por diretor aos 18 anos
Reprodução - Foto: Assessoria
“Me drogou e me estuprou”, conta Juliana Lohmann A atriz Juliana Lohmann, de 30 anos, que tem novelas da Globo e da Record no seu currículo, revelou um trauma que ela vinha carregando em silêncio durante anos. Relembrando o início da sua carreira, em entrevista a revista Claudia, Juliana contou que foi estuprada por um diretor, que ela define como quem tinha “boa imagem midiática de família margarina”. A situação aconteceu quando a atriz tinha 18 anos. Ela contou: “Fui convidada para fazer um teste por um famoso que dirigia seu primeiro longa. Ele me ligou e me chamou diretamente. Era em São Paulo e eu sou do Rio de Janeiro. Perguntei se podia levar minha mãe. Não, ele não poderia pagar mais uma passagem. Pediu desculpas. Fui mesmo assim. Era a primeira vez que viajava sozinha, me senti uma desbravadora de novos horizontes pronta para fazer cinema. Passei a madrugada estudando a personagem, cheguei com a cabeça cheia de ideias e perguntas”. Ela relembra que se instalou no mesmo hotel onde o tal diretor estava e que, juntos em um apart, foram passar texto. O diretor então sugeriu o uso de maconha para que a cena fosse relida com mais “loucura” e “novas nuances”. "Fiquei reticente, mas acabei aceitando. Dizer não para um diretor não é algo que uma atriz de dezoito anos sabe exatamente fazer. Um trago foi o suficiente pra que eu ficasse completamente chapada. Em determinado momento, percebi que o contato que ele fazia comigo excedia o profissional. Minha inexperiência com a erva não me deixou em condições de avaliar com mais clareza o que de fato tava acontecendo. Ele veio me beijar. Eu me assustei, disse que não queria. Foi uma completa surpresa acreditar que aquele homem, com sua boa imagem midiática de família margarina, se aventurar com outras mulheres. E ainda mais comigo", diz Juliana. "Ele tirou o roteiro da minha mão e me apertou com força contra o corpo dele. Eu pedi pra parar, mas ele me apertou mais forte. Fiz força para sair e não consegui. Imobilizada, eu disse que ia gritar.  Ele respondeu em um tom doce que, se eu gritasse, ninguém iria ouvir. Eu fui tentando respirar e acalmar o pânico do pensamento de que eu estava a centenas de quilômetros de casa. Entendi que não tinha saída. Fiquei quieta. Fiz o que ele queria", relembra. Por fim, ela disse: "Este diretor usou de sua posição de poder, não só por ser um homem branco muito mais velho, mas principalmente por ser o diretor do filme, responsável por decidir se eu trabalharia ali ou não. Eu, uma atriz de dezoito anos recém-feitos e que ainda começava a entender como me posicionar profissionalmente sem minha mãe por perto. Ele me enganou, me drogou e me estuprou, violando sexual e deixando marcas que carregarei pro resto da vida". Em relato na sua conta Instagram, na noite desta segunda-feira (13), Juliana diz: “Falar sobre o estupro que vivi aos 18 anos e as agresso?es provenientes de uma relac?a?o abusiva tempos depois e? resultado de um processo muito longo de elaborac?a?o. Sa?o acontecimentos que habitam meu i?ntimo de maneira muito profunda e constituem grande parte da mulher que me torno a cada dia. Essas memo?rias perduraram por tempo demais no sile?ncio e na du?vida que a estrutura patriarcal nos faz ter acerca das pro?prias marcas que nos infringem”. Veja a publicação: