Entretenimento
Reflexões para o agora em live com tributo a Cazuza
O Acta Multiplataforma realiza mais uma live solidária, neste sábado (6), às 14h

Meio bossa nova e rock ’n’ roll, mas totalmente atuais, as canções feitas pelo cantor e compositor Cazuza nunca estiveram tão frescas (talvez até mais do que quando foram compostas). Em tempos de fake news, racismo crescente, a onda violenta de homofobia e o totalitarismo delirante da censura, versos como “A burguesia fede” nunca foram tão necessários de serem reverberados. E para quem deseja relaxar e não perder a militância, neste sábado (6), a partir das 14h, em seu canal do YouTube, o Acta Multiplataforma realiza mais uma live solidária e dessa vez com o cantor Diogo Oliveira interpretando canções do imortal Cazuza. À frente do Tributo a Cazuza desde 2003, Diogo Oliveira, ex-vocalista da banda alagoana Mente Profana, disse que preparar um repertório variado do compositor carioca. Segundo ele, no setlist estão músicas mais pulares como Exagerado, Bete Balanço e Brasil e canções do chamado lado B, como Filho Único e Cobaia de Deus.
De acordo com Diogo, o repertório escolhido foi atual e tem relação direta com o momento pelo que passa o Brasil. “O cancioneiro de Cazuza é atual, nunca esteve tão de acordo com a realidade em que estamos vivendo. Aliás, isso é o que sempre me aproximou da obra deste homem, o seu olhar crítico para as questões sociais, seu olhar de dentro pra fora, afinal ele vem da parcela da sociedade que chamamos de alta sociedade ou burguesia. Ele conseguiu se distanciar dos eu próprio universo, e lançar um olhar humanizado para o que estava ao redor. Essas músicas são uma reflexão para o agora”, disse o cantor que tem formação em Música pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e especialização em arte e educação.
Cazuza e suas polêmicas
Cazuza (1958-1990) foi um cantor e compositor brasileiro, um dos maiores ídolos da geração do pop-rock dos anos 1980. “Exagerado”, “Codinome Beija-flor”, “Brasil” e “Faz Parte do Meu Show”, são alguns dos seus grandes sucessos.
Cazuza (Agenor de Miranda Araújo Neto) (1958-1990) nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de abril de 1958. Filho de João Araújo, produtor fonográfico, e da cantora Lucinha Araújo, cresceu no meio artístico convivendo com grandes cantores da Música Popular Brasileira.
Cazuza estudou no tradicional colégio Santo Inácio de Loyola e no Colégio Anglo-Americano. Ainda jovem já escrevia poemas. Em 1976, foi aprovado no vestibular de Comunicação, mas desistiu do curso três semanas depois. Começou a frequentar o Baixo Leblon, levando uma vida de boêmio.
Foi levado por seu pai para trabalhar na gravadora Som Livre, onde fez triagem de fitas de novos cantores e escreveu releases para divulgar os artistas. No final de 1979 foi para os Estados Unidos, onde fez curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco. Em 1980 retornou ao Rio de Janeiro e ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, no Circo Voador. Foi nessa época que cantou em público pela primeira vez, na peça “Paraquedas do Coração”.
Em 1981, Cazuza foi indicado pelo cantor Léo Jaime para vocalista de uma banda que estava se formando na casa do tecladista Maurício Barros, no bairro do Rio Cumprido. Estava se formando a banda “Barão Vermelho”, que despontou nas paradas com as músicas “Pro Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço”, entre outras. Em 1984, a banda lança o álbum “Maior Abandonado”, cuja faixa-título foi o último sucesso da banda com a participação de Cazuza.
Em 1985, Cazuza iniciou sua carreira solo, e nesse mesmo ano gravou seu primeiro álbum, “Exagerado”, que fez grande sucesso com as músicas “Exagerado”, “Mal Nenhum”, “Codinome Beija-Flor”, entre outras. Nesse mesmo ano descobre ser portador do vírus HIV. Em 1987 vai para os Estados Unidos tentar um tratamento para a doença.
Ainda em 1987, lançou o álbum “Só Se For a Dois”, onde se destacou a música “O Nosso Amor a Gente Inventa”. Em 1988, lançou “Ideologia” que levou às paradas as músicas “Faz Parte do Meu Show” e “Brasil”.
Em fevereiro de 1989, Cazuza declarou publicamente que era portador do vírus da AIDS. Nesse mesmo ano lançou seu último álbum, intitulado “Burguesia”. Ao receber o Prêmio Sharp de Melhor álbum para “Ideologia” e de Melhor Canção para “Brasil”, compareceu à premiação numa cadeira de rodas, já bastante debilitado pela doença.
Cazuza faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de julho de 1990.
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