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Recordes de bilheteria! Heróis dominaram os cinemas em 2019

Das dez maiores bilheterias do ano, quatro vêm de histórias baseadas em quadrinhos das editoras Marvel ou DC

Por Felipe Moraes com Cinema/Metrópoles 23/12/2019 12h38
Recordes de bilheteria! Heróis dominaram os cinemas em 2019
Reprodução - Foto: Assessoria
A supremacia dos super-heróis no cinema de Hollywood é novidade para um total de zero pessoas. Mas, sobretudo em 2019, os números saltam aos olhos, com recordes colossais de bilheteria batidos por Vingadores: Ultimato e Coringa, as sensações do ano de Marvel e DC. Os dois filmes, pudera, foram os mais procurados pelas pessoas no Google ao longo dos últimos 12 meses. A Disney, claro, segue incansavelmente soberana, domínio que deve se estender para a televisão por streaming com o lançamento do Disney+ (ou DisneyPlus). Ultimato passou Avatar (2009) como maior arrecadação da história (US$ 2,797 bilhões) e ajudou a impulsionar o massacre da marca na temporada. Pela primeira vez, um estúdio ultrapassou a barreira de US$ 10 bilhões em bilheteria ao longo de um ano. Os produtos da casa do Mickey dominam o top 10 de 2019 com seis filmes. Star Wars: A Ascensão Skywalker, apesar da recepção morna da crítica, pode aumentar a conta em breve. Dois são de super-heróis: além de Ultimato, Capitã Marvel (US$ 1,128 bilhão). Homem-Aranha: Longe de Casa (US$ 1,131 bilhão) é da Sony, mas faz parte do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), da Disney. Grana e prestígio Na batalha das bilheterias de heróis, Coringa, do diretor Todd Phillips (trilogia Se Beber, Não Case!), fez US$ 1,061 bilhão nos cinemas. Mesmo lucrando menos que os concorrentes da Disney, o arriscado projeto “para maiores” (rated R em inglês, indicado para quem tem 16 anos ou mais) protagonizado por Joaquin Phoenix talvez represente a grande história do subgênero em 2019. Planejado como história de origem descolada do DCEU, o Universo Estendido DC, o longa solo do arqui-inimigo de Batman tentou se afastar o quanto pôde do formato de “mais um capítulo da franquia”. O verniz de filme “sério” – drama oitentista sobre comediante com doença mental abandonado pelo estado falido (Gotham) – funcionou à beça. Com inspirações sobretudo em clássicos de Martin Scorsese, como O Rei da Comédia (1982) e Taxi Driver (1976), Coringa conseguiu “transcender” o nicho de encapuzados e mascarados, vencer o Leão de Ouro no Festival de Veneza e se credenciar a glórias na temporada de premiações: quatro indicações ao Globo de Ouro e boas chances de Oscar em algumas categorias, como melhor ator (Phoenix). A Marvel só conseguiu prestígio parecido com Pantera Negra (2018), indicado a sete prêmios (incluindo melhor filme) e vencedor de três estatuetas. O sucesso de Coringa acaba respingando positivamente no DCEU, em recuperação por meio das cifras de Aquaman (2018), maior bilheteria da editora (US$ 1,148 bilhão), e da simpatia de Shazam! (2019). Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, também “para maiores”, estreia em 6 de fevereiro de 2020. Mulher-Maravilha 1984, com Gal Gadot de volta ao papel-título, chega em 4 de junho. Ambos os filmes podem acirrar a disputa com a Marvel em uma temporada de produções “emergentes” do selo rival: Viúva Negra (30 de abril) e Os Eternos (5 de novembro).