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Cleo desabafa sobre relacionamentos abusivos do passado: 'Amores tóxicos'

Sem papas na língua, atriz abriu o jogo sobre suas relações anteriores

Por Ana Paula Marques com Entrepop 31/10/2019 18h36
Cleo desabafa sobre relacionamentos abusivos do passado: 'Amores tóxicos'
Reprodução - Foto: Assessoria
O segundo nome de Cleo poderia ser “polêmica”. A atriz e cantora voltou a causar nas redes sociais após uma entrevista bastante franca para o colunista Leo Dias, do UOL, na qual abriu o coração a respeito de sua vida amorosa e acabou entregando verdades incômodas a respeito de seus relacionamentos passados. Ex de famosos como João Vicente de Castro e Romulo Arantes Neto, Cleo revelou que sempre sonhou com seu casamento, mas que seus relacionamentos passados foram bastante tóxicos. “Tóxico é quando tem chantagem emocional, muita manipulação, tem muito sexismo, muita hipocrisia”, explica. “Às vezes, você mesma se torna tóxica numa situação emocional sufocante. Meu grande amor ainda não chegou”, dispara. A filha mais velha de Gloria Pires ainda comenta as mudanças físicas que enfrentou por conta da compulsão alimentar. “Eu entendo há muito tempo o que é a compulsão e via que eu estava ali perto. Me identificava com aquilo. Mas nunca fui a fundo nisso e acho que neste ano eu realmente vi que tinha essa questão: compulsão com a comida. Você está feliz e quer comemorar. Tristeza, alegria, ansiedade, depressão. Não é que é uma desculpa, mas é para onde meu organismo vai”, explica. E continua: “Descobri que tinha muitos gatilhos e que eu acabava indo para um lugar de descontrole total, em forma de autopunição. Não é saudável. Dava prazer, mas não era saudável”, conta Cleo. “Eu como de tudo, tudo mesmo. Não é comida. É lanche. Tive uma fase em que eu estava completamente obcecada por açaí com farinha láctea. E aí eram três de 500 ml por dia, pelo menos. Só que isso por muito tempo. E demorou para eu perceber que era uma obsessão, porque acontece isso desde que me entendo por gente”, lembra. Diante de um problema tão grave, como Cleo conseguiu manter o corpão sequinho por tanto tempo? “Eu fazia muita dieta maluca e tomava remédio. Tirava compulsão da comida e, às vezes, conseguia colocá-la em exercício e em querer ficar magra. A compulsão para comida foi para esses outros lugares, mas eles não duram. E é tudo doentio. Você pode estar magra, mas a sua cabeça é doente ainda. Não quero que seja uma coisa pesada, mas é uma questão séria”. Hoje, a atriz e cantora foca apenas em sua recuperação. “Hoje em dia não tenho vergonha de pedir ajuda. Eu era muito autoafirmativa e me defendia, mas tudo bem, fazia parte. Como mulher, às vezes, você tem que fazer isso para se impor. Mas chegou um momento da minha vida em que eu tive mesmo que pedir ajuda. E eu tenho ajuda. Tenho uma equipe incrível em casa e no trabalho”. E vai além: “Não existe só um tipo de beleza. Vejo beleza na gordura. A pessoa para mim pode ser bonita, magra ou gorda. Ou feia magra e feia gorda. A beleza nem sempre está ligada ao corpo”. Tímida, Cleo desconversa sobre seu papel como símbolo sexual. “Eu nunca me considerei um símbolo sexual. Nunca me achei, mas entendo e sou grata por estar nesse lugar pela visão das pessoas. Mas eu não me coloquei nesse lugar. Eu gosto de nu, de coisas sexies, de ter liberdade com meu corpo. Eu gosto de dinheiro. Tudo isso para mim é o momento da Playboy”. E revela que faria tudo de novo: “A minha questão não é o corpo e, sim, o momento. Eu faria com este corpo. Eu não sou muito bem relacionada com meu corpo, tem dias em que odeio meu corpo. Mas sexualmente sou muito bem relacionada, sim. Me conheço muito bem e sei o que me dá prazer”. Cleo se define como “sexual”. “Sou sexual, acho que todos somos. Mas, para mim, sexual não é dar para todo o mundo. Ser sexual é você saber da sua energia. A sua energia de vida é a sua energia sexual. A questão não é se eu tive muitos parceiros. Ser sexual é ter noção do poder da sua energia e usá-la. Isso não quer dizer que você transe muito ou pouco. Eu gosto dessa energia sexual”, conta. A atriz e cantora revela, ainda, como vai a vida sexual. “Acho que como sempre esteve. Sempre tive fases de muito, fases de pouco, fases de uma pessoa só, fases de várias pessoas. Estou no mesmo lugar. O que tem mudado para mim é o amadurecimento. A questão virou muito mais a troca específica com alguém e não o tesão em si. E a troca vai além do sexo. O sexo de que eu mais gosto e que procuro é quando vira consequência de uma troca com alguém. Não só do meu tesão”.