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Paralamas fazem viagem ao passado com Herbert bravo e público feliz

Banda abriu último dia do Palco Mundo no Rock in Rio 2019 com sucessos testados e aprovados, discursos incisivos e imagens de líderes como Raoni e Mandela no telão

Por G1 06/10/2019 18h59
Paralamas fazem viagem ao passado com Herbert bravo e público feliz
Reprodução - Foto: Assessoria
Herbert Vianna parecia bravo em alguns discursos, o telão fez referências a política e violência, mas o público estava tranquilão e satisfeito com o show dos Paralamas no Rock in Rio 2019, neste domingo (6). A banda abriu o sétimo e último dia do Palco Mundo, que ainda terá Imagine Dragons e Muse. Dava até para imaginar que os Paralamas seriam recebidos como café com leite por fãs das bandas muito mais jovens. Mas não foi assim. Eles abriram o show com "Sinais do sim", faixa-título do álbum mais recente, de 2017, que não causou muito impacto. Mas o baterista João Barone emendou sem pausa um salto vigoroso para o passado. A sequência de "Meu erro", "Alagados" e "Loirinha Bombril" foi bem recebida. Só teve um intervalo para Herbert Vianna cumprimentar o público com a primeira de suas falas peculiares reclamando do Brasil. Primeiro, uma definição interessante do Rock in Rio: "É uma alegria participar com vocês dessa mostra de que o país está se integrando cada vez mais à linguagem do planeta". Logo depois, ele agradeceu à equipe técnica por "montar um espetáculo desse tamanho num país tão quinto mundo quanto o Brasil". Mais tarde, a banda aparentemente interrompeu a fala de Herbert no começo do tradicional medley de Tim Maia, o que indica que eles poderiam estar com problemas no retorno, e justificou o discurso anterior. Os discursos não chegaram à política, mas o telão deu esse tom. Em "Selvagem", apareceram imagens de vários líderes, como Raoni, Mandela e Martin Luther King Jr. Em "O beco", apareceu a imagem de uma criança chorando com um violino na mão e um cartaz escrito "- bala + amor". Já "O calibre" contrapôs as fotos de Pablo Escobar e John Lennon. "Cuide bem do seu amor", uma das únicas músicas mais novas, foi até bem recebida. Mas era com as velhas que o povo cantava e batia mais palma. "Óculos" e "Vital e sua moto" foram cantadas por gente mais jovem que as músicas.