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Cantora Lucy Muritiba lança seu segundo disco da carreira

Ela faz para o D&A uma análise faixa a faixa do que pode ser encontrado no novo trabalho

Por Tribuna Independente com Redação 14/09/2019 13h13
Cantora Lucy Muritiba lança seu segundo disco da carreira
Reprodução - Foto: Assessoria
Lucy Muritiba respondeu questões pertinentes nos últimos dois meses. Com sua música, deixou claro que palavras ferem, que o amor pode ser uma simples onda ou o mar inteiro, e ainda nos fez se apaixonar por um clarão azulado onde cabe o mundo inteiro. Isso é arte e ela está pronta para o seu segundo disco da carreira. Após ter divulgado as faixas “Tiro de Língua”, com Luiz de Assis, “Poço sem Fundo”, com Vitor Pirralho, e “Ondas de Amor”, com Fernanda Guimarães, ela lança o homônimo “Lucy Muritiba” - disco que já está disponível nas plataformas digitais. No repertório do novo álbum, canções autorais e de compositores como Júnior Almeida, Wado, Jurandir Bozo, Arnaud Borges, Desa, Ábia Marpin e Luiz de Assis. Ao todo são 10 faixas. Com uma pegada mais pop, o disco está leve e dançante. O show oficial de lançamento acontece daqui um mês, no Teatro de Arena, dentro da programação do projeto “Quinta no Arena”. No dia 10 de outubro todo mundo já vai ter ouvido o trabalho para cantar junto. Junto faz mais sentido. Junto é forte. E Lucy promete um show para ninguém ficar parado e calado. Vai ser lindo e os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro. Para explicar a grandiosidade de sentimentos depositados em cada canção do novo disco, a própria Lucy explica abaixo em um faixa a faixa especial. Confira!  Beira d’água de Lucy Muritiba com Arnaud Borges e Jurandir Bozo é, originalmente, um Coco. Composta entre amigos, nessas reuniões que a gente faz para compor.  Beira d’água fala de seguir sem medo, sem olhar pra trás, sem dar muito ouvido ao que dizem. É sobre seguir seu rumo. Era como eu estava me sentindo na época. Mundo diferente também é um Coco do mestre Jurandir Bozo. Fala de fugir desse caos em que vivemos, do desejo de um mundo diferente, harmônico entre bichos (natureza) e gente. Fala de amar, não trair e ocupar um espaço. O seu lugar no mundo. “E vê se larga a minha vida e vai tomar...cajuína”. A cantora assina sozinha Ondas de amor, uma canção que fala de amor, de um ponto de vista mais feminino, mais flexível. Sem rotular esse amor. “Qualquer onda de amor, transborda”. Já em Estrada , parceria de  Wado, Dinho Zampier e Mia Couto, é uma canção já gravada pelo Wado, mas minha versão está bem diferente. Acho que ela ressalta mais a letra. A versão do Wado é mais dançante. Estrada fala das dúvidas do caminho, que a gente não sabe onde vai dar. E fala também do amor, da reciprocidade do amor. Atalho, da jornalista Ábia Marpin, é uma canção da cantora Ábia quando ela tinha a banda Santadica. Uma canção que ficou em minha memória. Pedi a ela pra revisitar o repertório da Santadica, achei Atalho e decidi gravar. É uma canção que fala de amor. Mas na minha interpretação, observando o contexto do disco, também a vejo como um alento. Como se você estivesse dizendo a outra pessoa: estou aqui. Conte comigo. Meu pé de carambola, do músico e jornalista Marcelo Cabral, do Trio coisa linda, é uma canção muito bonita. Tem poesia leve. Sempre quis gravar. E tenho um pé de carambola no quintal da minha casa. Devo haver alguma memória afetiva. Luiz de Assis é o autor de Tiro de língua, que  pescada por Dinho Zampier, produtor do disco. Vou que vou, de Alvinho Lancellotti, é uma canção do último ou penúltimo disco da banda Fino Coletivo. Também foi o Dinho Zampier que me apresentou. Já conhecia a banda e o disco, mas não me lembrava bem da canção. Quando escutei, a vi compondo o repertório. Acho que reforça esse seguir, esse se recompor após a tempestade. Independente do que aconteça, vá, continue, caminhe. A tempestade passa e as dores secam. Ábia Marpin volta com Ciranda, que para cantora é uma pausa no CD. “Dar um tempo, se dar tempo. Acho que o tempo rege boa parte desse trabalho. Está ali nas entrelinhas”. Júnior Almeida entra na parceria com Poço sem fundo. “Resolvi fazer a minha versão por acreditar que as coisas, tanto na esfera pessoal como na profissional, social e a política, podem melhorar. Lá no fundo do poço sempre vai existir um clarão azulado”, disse.