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Atriz Débora Nascimento fala pela primeira vez sobre separação com José Loreto

Em um longo texto, no qual não cita nomes, a atriz afirma que ficou calada, também, para proteger a filha

Por Rafael Campos com Metrópoles/Celebridades 12/03/2019 11h49
Atriz Débora Nascimento fala pela primeira vez sobre separação com José Loreto
Reprodução - Foto: Assessoria
Desde que sua vida pessoal se tornou um debate público, Débora Nascimento tem se mantido calada. Separada do ator José Loreto, a artista escreveu, sem citar nomes, um longo texto em seu Instagram neste domingo (10/3) explicando o porquê de não ter comentado sobre o assunto. “Mantive meu silêncio justamente para não expor mais uma mulher — exercitando minha empatia e sororidade, que é verdadeira e não oportuna”, destacou. Suas palavras não são apenas um recado aos que esperavam manifestação da atriz depois do divórcio: Débora escolheu também se posicionar de forma feminista diante do que aconteceu em sua vida. “Nenhuma mulher merece se sentir oprimida. Diante de tantos ataques e injúrias oportunistas que venho sofrendo, meu silêncio agora me oprime, mas a verdade há de me libertar”, iniciou o texto. A atriz segue afirmando que a verdade sempre tem três lados: “o da pessoa que conta a sua versão, a versão do outro e finalmente o fato propriamente dito”. Depois disso, em tom de reclamação, ela classifica as redes sociais como um “sistema de manipulação de imagem e narrativa”. “Eu, Débora, faço questão de viver e valorizar a vida real, de acordo com meus princípios, prezando pelo bom senso e respeitando quem eu sou genuinamente: uma mulher de 33 anos, que trabalha muito, mãe de uma menina de 10 meses”. A artista cita novamente a filha, Bella, quando afirma que o seu silêncio também envolveu, principalmente, proteger a criança. “Pautei minhas atitudes com muita cautela, sempre priorizando proteger minha filha. Tenho ciência do meu poder feminino — o que considero um ato de resistência dentro da estrutura moralista e machista de um país onde 536 mulheres são agredidas por hora, onde as estatísticas perdem espaço para fake news”. Por fim, ela enfatiza o quão é uma mulher dona de si mesma e garante que “nenhuma manipulação, julgamento injusto, narrativa artificial ou notícia mentirosa vai me impedir de ser feliz. Não aceito nada menos que ser feliz, devo isso a mim e minha filha”. Leia o texto completo:  Nenhuma mulher merece se sentir oprimida. Diante de tantos ataques e injúrias oportunistas que venho sofrendo, meu silêncio agora me oprime, mas a verdade há de me libertar. Vamos falar de verdade? A verdade costumar ter três lados: o da pessoa que conta a sua versão, a versão do outro e finalmente o fato propriamente dito. Mas hoje temos o universo paralelo da internet e das redes sociais cheios de robôs e comentaristas da vida alheia que julgam a partir de um sistema de manipulação de imagem e narrativa. Nesse mundo virtual versões construídas crescem exponencialmente e ganham contornos maiores do que a vida real e assim é criada uma hipócrita, oportunista e artificial quarta verdade. Eu, Débora, faço questão de viver e valorizar a vida real, de acordo com meus princípios, prezando pelo bom senso e respeitando quem eu sou genuinamente: uma mulher de 33 anos, que trabalha muito, mãe de uma menina de 10 meses. Eu que sempre optei pela discrição em minha vida pública, sofri uma exposição e fui refém de uma situação que não escolhi. Tenho muita consciência do que vi e vivenciei, ninguém agiu sozinho, isso foi bem claro para mim. Mantive meu silêncio justamente para não expôr mais uma mulher – exercitando minha empatia e sororidade, que é verdadeira e não oportuna. Devemos sempre pensar na genuína fragilidade alheia. Nunca me permiti esmorecer. Pautei minhas atitudes com muita cautela, sempre priorizando proteger minha filha. Tenho ciência do meu poder feminino- o que considero um ato de resistência dentro da estrutura moralista e machista de um país onde 536 mulheres são agredidas por hora, onde as estatísticas perdem espaço para fake news. Sei que sou dona do meu corpo, valores, escolhas e silêncios. E nenhuma manipulação, julgamento injusto, narrativa artificial ou notícia mentirosa vai me impedir de ser feliz. Não aceito nada menos que ser feliz, devo isso à mim e minha filha.