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Carolina Dieckmann sobre novo papel: "Conheço muitas mulheres insatisfeitas no casamento"

Atriz está no ar como a submissa Afrodite, em 'O Sétimo Guardião'

Por Revista Quem 05/01/2019 17h39
Carolina Dieckmann sobre novo papel: 'Conheço muitas mulheres insatisfeitas no casamento'
Reprodução - Foto: Assessoria
Em O Sétimo Guardião, Carolina Dieckmann interpreta Afrodite, mulher dedicada ao marido Nicolau, vivido por Marcelo Serrado, com quem tem quatro filhos. Na história de Aguinaldo Silva, ele é dono do trailler Gordelícias, que fica instalado na pracinha de Serro Azul, e tem um comportamento extremamente machista e homofóbico. Muito bem casada na vida real com o diretor de TV Tiago Worcman, e mãe de dois filhos - Davi, de 19 (de sua relação com o ator Marcos Frota) e José, de 11 -, a atriz revela ter escutado muitos relatos de mulheres que se identificam com seu papel na novela. "Já conversei com várias mulheres e conheço muitas que estão insatisfeitas no casamento ou com o que elas fizeram da vida delas. Quem sabe vendo a Afrodite, mesmo que na dramaturgia, essas mulheres olhem para a vida delas. Já é o começo da revolução", torce. Assim como já ficou sabendo de muitas Afrodites, Carolina também diz conhecer vários Nicolaus. "Vemos muitos como ele por aí, no Rio de Janeiro, em 2018. Sei que é polêmico esse assunto, mas tem muito a ver com educação. Não podemos cobrar das pessoas que tenham a mesma percepção que a gente que estudou, que teve amor de pai e de mãe, porque muita não tivemos isso. Temos que olhar os outros com mais generosidade e menos dedo na cara, com mais empatia. Às vezes a pessoa tem uma atitude machista e não se dá conta. Eu acredito nisso. Aquilo ali é a maneira que ela aprendeu de viver e não parou para olhar para as próprias atitudes", argumenta. A atriz diz que procura criar os filhos através do exemplo. "Já existe uma evolução nas escolas, nas pessoas instruídas. O mundo está mudando há algum tempo. Meu filho, o Davi, que tem 19 anos, estudou numa escola melhor do que a minha, menos machista. Então, tem uma ajuda da sociedade privilegiada. Meus filhos são privilegiados. Eu não identifico machismo neles. Não vejo mesmo. Mas acho que é um privilégio, não algo para se comemorar. A gente tem muita coisa por aí", afirma ela, contando que o retorno do público tem sido emocionante. "Eu tenho um respeito enorme por fazer novela. Gosto de falar com essas pessoas que não foram ao teatro, não têm dinheiro para ir ao cinema toda semana, não conseguem comprar um livro e estão lá vendo televisão. Essas pessoas merecem um produto de qualidade".