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Livro escrito por advogado traz histórias curiosas e inusitadas sobre o cinema

'E alguns filmes que o vento não levou' é uma daquelas obras que indicadas para todo tipo de público, dos amantes da sétima arte àqueles que têm mera curiosidade sobre o assunto

Por Assessoria 13/12/2018 16h12
Livro escrito por advogado traz histórias curiosas e inusitadas sobre o cinema
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma viagem ao longo dos 120 anos de existência do cinema. É isto que o leitor vai encontrar no livro "E alguns filmes que o vento não levou", de Paulo Roberto Cannizzaro. Apaixonado confesso pela sétima arte, o advogado compôs uma obra que pode ser lida sob diversas óticas, tanto por aqueles que têm um entendimento mais aprofundado da estética e da história cinematográficas, como pelos que desejam se aprofundar um pouco mais sobre a área. Dividido em décadas, o texto vai trazendo marcações importantes sobre cada período. Alguns se destacam: caso de 1939, ano em que foi lançado o clássico "E o vento levou" (Gone with the wind). "Em minha visão, é o ano mais importante da história do cinema. Um verdadeiro marco na produção cinematográfica mundial", afirma Cannizzaro. "O que aconteceu de especial naquele ano foi uma verdadeira grande safra de ouro, com destaques em todos os gêneros de filmes, consagrando diretores e artistas", descreve, citando mais de 30 obras produzidas na época. A indústria do cinema funcionava a todo vapor, com mais de 18 mil salas espalhadas pelos Estados Unidos da América, e o país tinha se recuperado da Grande Depressão - causada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929 - mas ainda não tinha entrado na Segunda Guerra Mundial (o que aconteceu em 1941). Contudo, a Europa, e por consequência o cinema lá produzido, sofriam as agruras do conflito, que durou de 1939 a 1945 matando mais de 50 milhões de pessoas. Capa do livro (Imagem: Divulgação) Cannizzaro segue abordando aspectos interessantes do cinema, como o cinema noir (1940), a década rebelde (1960) e o surgimento do chamado "cinema desastre" (1970). Um ano que também merece considerações específicas é 1968. "É quando aparece a primeira cena de nudez frontal, por conta de mudanças no código de proibição do cinema americano. Aí, começa a haver mais abertura para cenas de sexo", afirma. O livro segue até os anos 2000, pontuando aspectos importantes de cada período e trazendo vários itens curiosos ao fim dos capítulos. "Falo de coisas sobre como foi filmado 'Cidadão Kane' ou as brigas entre artistas no set de filmagem de 'E o vento levou', entre outras histórias de bastidores", exemplifica o autor. No último capítulo, ele resolve dar munição aos fãs de fofocas sobre celebridades e traz detalhes sobre a vida afetiva e sexual dos homens e mulheres do cinema, desmistificando o glamour que todos associam a suas vidas. "Essas pessoas sofriam de problemas afetivos muito grandes e tinham que lidar com as drogas, o alcoolismo, o assédio", adianta. No livro, são analisados cerca de 50 grandes ídolos. Algumas histórias são pouco conhecidas, como a das atrizes lésbicas que participavam de um grupo chamado "círculo de costura", numa época em que era extremamente proibido falar sobre o assunto. Como fonte de consulta ou de simples entretenimento, "E alguns filmes que o vento não levou" deve agradar a um público vasto - aquele que segue se emocionando com as histórias transpostas para a película, e incorporam o que veem à memória e à vida. FICHA TÉCNICA "E alguns filmes que o vento não levou" Autor: Paulo Roberto Cannizzaro Editora: Viseu Data de publicação: Outubro de 2018 Número de páginas: 367 Valor: R$ 49,90 SOBRE O AUTOR O mineiro Paulo Roberto Cannizzaro é advogado e também bacharel em Ciências Contábeis e Administração de Empresas. Foi executivo de grandes empresas familiares (como a fábrica de ônibus Ciferal, no Rio de Janeiro - pertencente, até a década de 1980, ao grupo Marcopolo) e vem atuando como consultor empresarial em assuntos tributários e, especialmente, em sucessão de empresas familiares. Radicado no Recife, sede da sua empresa, viaja por todo o Brasil prestando suporte a diversos clientes. Também amante da sétima arte e da literatura, Cannizzaro vem colaborando como articulista para jornais e revistas variados e é palestrante em congressos setoriais, seminários e faculdades. É autor de quase 15 obras, entre livros próprios e antologias, tendo se destacado por meio de premiações e menções honrosas. Algumas de suas obras: "Mudanças revolucionárias das empresas" (2010), "Empresas e famílias" (2011) e "Uma República adiada" (2017).