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Efeito Fallout: Relembre histórias da franquia Missão: Impossível

Franquia de espionagem estrelada pelo astro promete novas cenas empolgantes de ação

Por Felipe Moraes com Metrópoles 25/07/2018 10h27
Efeito Fallout: Relembre histórias da franquia Missão: Impossível
Reprodução - Foto: Assessoria
Nenhuma franquia do cinema contemporâneo é tão identificada com uma estrela quanto Missão: Impossível e Tom Cruise. Com 56 anos recém-completados, o ator estreou como produtor justamente no primeiro filme da saga, em 1996, de tão fã que era da série de TV homônima exibida nas décadas de 1960 e 1970. O astro chega à sexta aventura na pele do destemido espião Ethan Hunt em Efeito Fallout, que estreia nesta quinta (26/7) nos cinemas do Brasil. Ao longo de pouco mais de vinte anos, Cruise conseguiu emplacar um personagem quase tão famoso quanto James Bond, de 007. Mas as semelhanças param na escolha de carreira dos agentes. Sempre obcecado com sua imagem e mui dedicado ao papel, o vaidoso ator usa cada filme da saga como veículo para exibir o quanto não precisa de dublês para as caprichadas cenas de ação – uma maneira um tanto extravagante de mostrar que envelheceu bem. Não à toa, é e quem costuma selecionar os diretores, também alçados à condição de protagonistas em M:I. As sequências perigosas vêm se intensificado desde Protocolo Fantasma (2011), quando ele escalou o Burj Khalifa, em Dubai, o edifício mais alto do mundo. Em Nação Secreta (2015), Cruise viveu momentos de tensão do lado de fora de um parrudo avião militar, em solo e a 1.500 metros de altura. Para as acrobacias de helicópteros vistas em Efeito Fallout, o intérprete de Hunt fez um intensivo numa escola de pilotos. Relembre bastidores dos cinco filmes anteriores da franquia Missão: Impossível: Missão: Impossível (1996). Um dos filmes definidores da década de ouro do cinema de ação só poderia ter assinatura de um mestre. Brian De Palma, o já experiente diretor de Um Tiro na Noite (1981) e O Pagamento Final (1993), realiza aqui algumas das coreografias de câmera mais exuberantes da carreira. No entanto, o ambiente das gravações foi tenso. Cruise e o cineasta se desentenderam durante a filmagem da clássica sequência da invasão à sede da CIA – o ator queria ter feito mais takes. Após a briga, os dois concordaram em rodar mais opções da cena, mas De Palma se ausentou durante a divulgação do longa. Mais tarde, Cruise chamou o autor para comandar a continuação. O realizador declinou. Missão: Impossível 2 (2000). Cruise voltou a trabalhar com outro mestre na sequência. John Woo, chinês de Fervura Máxima (1992) então adaptado à Hollywood – tinha feito A Outra Face (1997) e outros dois longas nos EUA –, trouxe sua assinatura (incluindo seus pombos) para uma trama envolvendo arma biológica e troca de identidade. O filme já começa com Hunt escalando uma montanha em meio a uma paisagem desértica Missão: Impossível 3 (2006). O elo fraco da franquia, não por acaso, teve a produção mais conturbada. David Fincher (Clube da Luta) largou o projeto antes de começar por diferenças criativas. Joe Carnahan trabalhou no longa por mais de um ano e também saiu por ter visões conflitantes com as da produção. Por fim, J.J. Abrams, então ainda plenamente envolvido nas séries Alias e Lost, foi chamado para dirigir. Os constantes atrasos mexeram na escalação do elenco e resultaram na pior bilheteria disparada da saga (US$ 397,8 milhões) Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011). Abrams deixou a direção por conflitos de agenda, mas virou produtor fixo da série a bordo da sua companhia, a Bad Robot. Entrou em seu lugar Brad Bird, conhecido pelas animações Os Incríveis (2004) – também fez a sequência, lançada em 2018 –, Ratatouille (2007) e O Gigante de Ferro (1999). Ele trouxe frescor visual à franquia ao filmar algumas cenas com câmeras IMAX Missão: Impossível – Nação Secreta (2015). Parceiro de Cruise no primeiro Jack Reacher, outra franquia produzida pelo ator, Christopher McQuarrie fez um trabalho competente em Nação Secreta e continuou como diretor em Efeito Fallout. Chama a atenção a maneira como o filme evoca sutilmente atmosfera e visual do longa de De Palma Paramount Pictures/Divulgação