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Fábio Assunção é um vilão solitário na supersérie ‘Onde Nascem os Fortes’

Na série que estreia dia 23 de abril, o ator de 46 anos interpreta Ramiro, inescrupuloso juiz da fictícia cidade de Sertão.

Por Globo/Extra 16/04/2018 09h58
Fábio Assunção é um vilão solitário na supersérie ‘Onde Nascem os Fortes’
Reprodução - Foto: Assessoria
Fábio Assunção é um solitário em “Onde nascem os fortes”. Na série que estreia dia 23 de abril, o ator de 46 anos interpreta Ramiro, inescrupuloso juiz da fictícia cidade de Sertão. Prisioneiro do poder, o magistrado viúvo tem dificuldade em fazer voos românticos, não consegue estabelecer uma boa relação com o único filho, Ramirinho (Jesuíta Barbosa), e, na maior parte do tempo, tem apenas a solidão como companhia. Os parceiros mais constantes do vilão não têm voz, nem ameaçam sua soberania. Ainda que possuam asas, estão sob seu domínio. — Ramiro tem muita dificuldade no amor. Faz coleção de aves e as cria em um viveiro dentro de casa. Esses são os únicos seres pelos quais demonstra afeto. O interessante é que, embora converse com os pássaros, dá a eles os nomes das pessoas que já matou. Ramiro só tem amor por esses bichos porque pode controlá-los. O ‘cabra’ é ruim, bem ruim. É difícil achar alguma qualidade nele — adianta Fábio. Apesar de carregar a frieza no olhar e nas ações, Ramiro não escapa de se aproximar de uma mulher, nem que seja pensando em tirar algum proveito da situação. — No início da história, ele se envolve com Cássia (Patrícia Pillar), mas, evidentemente, um cara como esse não consegue ser verdadeiro nessa relação. Ramiro não é romântico, não tem um amor bem resolvido. Ele é complexo e repleto de problemas — define o intérprete que, ao ser questionado sobre o namoro com a atriz Maria Ribeiro, diz: — Estou feliz. Andar lado a lado com a maldade em “Onde nascem os fortes” afasta Fábio da leveza de seus mais recentes trabalhos em “Tapas & beijos’’ (2011), “Totalmente demais”(2015) e “A fórmula” (2017), assim como do posto de galã: — Sentia esse rótulo de galã quando era mais novo. Foi delicioso trabalhar com humor, aprendi muito, mas o meu DNA de ator tem mais a ver com a pegada do drama. De bem com o passar do tempo Vaidade não é prioridade para Fábio, que se sente à vontade com o visual rústico do personagem da série: — Ramiro é inspirado nos coronéis antigos. Se veste de linho e a barba remete ao poder que tem como juiz da cidade. Estou gostando da barba, já me acostumei. Devo mantê-la quando acabar a série. Envelhecer também não é um dilema para o ator: — O passar do tempo é ótimo! Só ganho com ele e me torno uma pessoa melhor. Era impaciente, ansioso e hoje lido com a vida de uma forma mais prazerosa. Só me preocupo em ter qualidade de vida.