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Por que a festejada diretora de Avenida Brasil caiu em desgraça na Globo?
Até dois anos atrás, Amora Mautner era a mulher mais poderosa da dramaturgia da Globo. Apontada como uma das responsáveis pelo sucesso de Avenida Brasil (2012), foi promovida a diretora de núcleo (hoje diretora artística). Era paparicada por atores e assediada por sites e revistas de celebridades. Até perseguida por paparazzi ela foi. Marqueteira, prometeu "revolucionar" o gênero com uma "caixa cênica" que deixaria os atores de A Regra do Jogo (2015) mais livres nos cenários.
Tudo mudou depois da novela de Atena (Giovanna Antonelli) e Romero Rômulo (Alexandre Nero). João Emanuel Carneiro, autor de Avenida Brasil e de A Regra do Jogo, não quer mais trabalhar com ela. E não é só ele. Nenhum dos novelistas escalados para escrever folhetins até 2019 quer dividir a empreitada com a diretora de 42 anos, ex de Marcos Palmeira.
Para voltar a gritar "ação" nos estúdios da Globo, Amora está tentando emplacar uma nova parceria. Está patrocinando dois projetos de Euclydes Marinho, um dos autores menos produtivos da emissora. A última novela de Marinho foi Desejos de Mulher, no longínquo 2002 _na época, Amora integrou a equipe de direção, sob a liderança de Dennis Carvalho.
Um dos projetos é uma minissérie de 20 capítulos, com o título provisório de Irmão de Sangue. O outro é uma novela das seis, que ainda está sendo desenvolvida. Nem novela nem minissérie aparecem no calendário de próximas produções da Globo.
Mas o que mudou para Amora Mautner trocar o status de queridinha pelo de rejeitada? Sua passagem por A Regra do Jogo foi, digamos, inesquecível. Ela estressou demais a produção, o elenco e o autor da novela. Isso a desgastou dentro da Globo. Não é a direção da emissora que a está deixando de lado. São os demais profissionais envolvidos na cadeia de produção que não querem trabalhar com ela.
A bem da verdade, Amora já tinha má-fama antes de A Regra do Jogo. Era vista nos corredores dos Estúdios Globo como temperamental e arrogante. Sincerona, destruía o ego de atores ao fazer comentários de forma direta, sem rodeios.
Como a novela de João Emanuel Carneiro não foi o sucesso que se esperava e a "caixa cênica" não aconteceu, a diretora perdeu prestígio. E falar mal dela virou um esporte muito praticado nos bastidores.
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