Raras foram as vezes em que um ator estrangeiro mostrou tanta simpatia ao passar tão pouco tempo no Brasil. Para falar a verdade, nem mesmo os astros nacionais conseguem ser tão acessíveis assim.

Nas 36 horas que passou pelo País divulgando o filme Logan, Hugh Jackman provou que o status de estrela de primeira grandeza em Hollywood não precisa necessariamente transformar o ator em uma pessoa inacessível ou antipática. Pelo contrário: em uma era onde cada passo é registrado via redes sociais, se destaca quem mostra mais humanidade e semelhança com as pessoas comuns. E nisso o astro é insuperável

O currículo de Jackman poderia fazê-lo agir como um intocável. O ator já ganhou o Emmy (o Oscar da televisão americana), o Tony (o Oscar dos musicais da Broadway), o Globo de Ouro (segundo prêmio mais midiático do cinema americano), foi indicado ao Oscar pela performance em ‘Les Misérables’ e recebeu elogios como apresentador do Oscar, em 2009. 

Mas seja nos Estados Unidos, onde atua profissionalmente, na Asutrália (onde nasceu) ou nos países que precisa visitar, Jackman sempre é considerado uma das celebridades mais fáceis de lidar, agindo como se não ostentasse tamanha grandeza artística. E um detalhe: todo esse bom humor é mantido no momento em que ele luta contra um câncer de pele no rosto pela segunda vez na vida. 

A simplicidade do ator, acima de tudo, não parece forçada. Logo ao desembarcar em São Paulo, no domingo (19), ele se direcionou a uma padaria, onde tomou o tradicional pingado em uma xícara esmaltada típica no interior. Poderia ser só uma ação protocolar, mas no vídeo publicado por ele mesmo no Instagram, não é essa a impressão que dá. Apesar de tudo: paira a dúvida de se ele gostou demais da bebida ou se repetiu o prefeito João Dória e não conseguiu engolir o líquido

A partir de então, era irreversível: Jackman havia conquistado o coração dos brasileiros. E não só das mulheres que admiram a beleza do ator australiano. Fãs homens de Jackman são numerosos, o que prova que se alguém une todas as tribos no momento, com certeza é o galã australiano

Muitos seguidores, inclusive, lamentaram o fato do ator não ficar no País até o Carnaval, que acontece na próxima semana. Mas desembarcar para a festa no ano que vem talvez não seja impossível. Jackman sobrevoou o Carnaval de rua de São Paulo e gostou do que viu de cima. Se alguém quiser ter o Wolverine num desfile ou bloco em 2018, a chance nunca foi tão grande

Mas o que vai ficar marcado pela passagem dele por aqui é o encontro histórico com o dublador Isaac Bardavid, que dá voz ao Wolverine desde os anos 90. Os dois gravaram um vídeo em que, primeiro, Hugh fala e, depois, Isaac repete na dublagem. "Hoje eu acabei de dublar o último filme do Wolverine. Isso me entristeceu um pouco.

O primeiro filme do Wolverine, desenho, apareceu em 94, e de lá para cá o interpretei em todos os desenhos, o que significa que Wolverine envelheceu e eu envelheci com ele. É um pouco triste, mas estou feliz. Hoje termina essa saga entre mim e o Wolverine", disse o brasileiro em um vídeo que fala sobre a importância do personagem em sua vida. 

Eles também se encontraram durante o programa The Noite, apresentado por Danilo Gentilli, no SBT. O momento já é um dos mais emocionantes de 2017.

Jackman finalizou a passagem pelo Brasil da mesma forma que começou: apreciando uma especiarias brasileira e assim ampliando a simpatia que os

fãs brasileiros já nutriam por ele. Com uma caipirinha em mãos e o curativo no nariz que mostra a batalha contra o câncer, Hugh Jackman deu uma verdadeira aula de simpatia para quem sendo bem menos famoso que o australiano age como se uma estrela de primeira grandeza