Entretenimento
Gisele Itié rebate críticas que recebeu ao revelar estupro sofrido aos 17 anos
Basta uma mulher contar que foi vítima de violência sexual (ou doméstica) para surgirem dedos apontados para ela, acusando a vítima pelas agressões que sofreu. A mais recente foi Gisele Itié, que em entrevista à revista Glamour revelou ter sido estuprada por um namorado quando tinha 17 anos. A repercussão do caso, que foi um dos mais comentados do Twitter, acabou gerando uma avalanche de agressões. Gisele, então, usou seu Instagram para rebater as críticas recebidas e para falar de algo que falta muito às mulheres: "sororidade".
É realmente incômodo ver como tantas mulheres ainda perpetuam os discursos machistas, que alardeiam coisas como "ela bebeu", "com que roupa que ela estava", "não quer engravidar feche as pernas", e outras tantas "máximas" que justificam violência, abuso e abandono ao julgar a conduta das vítimas. “Quando leio comentários de Mulheres julgando o abuso que sofri e/ou violência que a Mulher sofre todos os dias... Julgando como? Reagindo com insensibilidade e indiferença. Acreditando que a vítima ‘ajuda’ para que o agressor seja violento. Bem, é muito frustrante perceber esse tipo de reação, ainda mais de Mulheres. Percebo que as Mulheres Não Machistas também se sentem agredidas e de alguma forma se distanciam das Mulheres Machistas”, escreveu Gisele Itié.
No depoimento da Glamour, que motivou os ataques à atriz, Gisele contou que, quando tinha 17 anos, namorava um homem 15 anos mais velho – que não teve o nome divulgado – e tinha a intenção de se casar virgem. Durante uma viagem com a família dele, porém, o namorado a violentou depois de colocar alguma substância em sua bebida.
“Quando tinha 17 anos, fui estuprada pelo último homem que eu poderia imaginar”, escreveu Itié. “Quando tinha 17 anos, o castelo caiu e fiquei soterrada. X me desejou boa-noite e me chamou de Cinderela. Acordei. Olhei para o lado e lá estava ele, dormindo. Olhei melhor e o vi nu. Susto. Me olhei. Nua. O chão forrado de garrafas vazias. Eu forrada de amnésia. Foi difícil sentar. Então vi o que eu já imaginava. Perdi a virgindade. Me perdi.”
Gisele contou ainda que foi para o chuveiro e tentou se limpar, "tirar a sensação de sujeira". Se deu conta de que não era pesadelo quando escutou o X batendo na porta. "Num dado momento, me levantei aos prantos e exigi, do outro lado da porta: ‘Quero ir para a minha casa agora!’. Ele tentou dizer que não dava e entrei em surto. X concordou em me levar.” Depois dos ataques que sofreu, ao contar sua história, Gisele se mostrou coerente mais uma vez e retrucou, com extrema elegância."Sobre os comentários agressivos e equivocados de Mulheres em relação à um texto que escrevi sobre um abuso sofrido por uma menina de 17 anos. Eu.
S O R O R I D A D E
É a união, a aliança FEMINISTA entre mulheres.
Feminista? É uma Pessoa que acredita na IGUALDADE de direitos entre Mulher e Homem.
Voltando para a idéia de irmandade, a Sororidade é muito importante para nós Mulheres combatermos a sociedade Machista.
Machista? É uma Pessoa que recusa a igualdade de direitos entre Mulher e Homem. Acreditando que o homem é superior à mulher.
Agora sim, voltando a Sororidade (ufa!)
Quando Nós Mulheres somos unidas e levantamos a bandeira à favor da nossa liberdade e igualdade de gêneros. Nós Mulheres nos tornamos mais fortes para combater a Sociedade Machista.
Quando leio comentários de Mulheres julgando o abuso que sofri e/ou violência que a Mulher sofre todos os dias. Julgando como? Reagindo com insensibilidade e indiferença. Acreditando que a vítima "ajuda" para que o agressor seja violento.
Bem, é muito frustrante perceber esse tipo de reação ainda mais de Mulheres. Percebo que as Mulheres Não Machistas também se sentem agredidas e de alguma forma se distanciam das Mulheres Machistas.
E eu me pergunto, cadê a Sororidade?
Mas não pergunto para essas Mulheres Machistas e Equivocadas. Pergunto para nós, Mulheres que se sentem agredidas pelas Machistas.
Cadê a Sororidade?
Para ajudar a me explicar, segue um texto do site "naomecalo.com" :
Lembra quando reproduzíamos um machismo ferrado ao falarmos que mulher tem que se dar o respeito? “Ué, não quer engravidar, que tome as devidas precauções, que não abra as pernas”, “Nossa, vai sair com essa roupa? Está parecendo uma vadia!”. Vamos fazer uma dinâmica? Fechem os olhos e tentem se lembrar da época em que não conheciam o feminismo, e quando até conheciam, mas achavam que era um movimento de mulheres infelizes e insatisfeitas com a vida. E aí, lembraram? Lembrem-se também do momento em que foram salvas, em que uma mão amiga foi-lhes estendida mostrando-lhes o caminho; de um artigo sobre feminismo lido após aquela manchete de feminicídio que ficou em sua cabeça por dias. "
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