Entretenimento
Quase um ano após atentados de Paris, Bataclan reabre com show de Sting
"Era a única resposta ao terror desse dia", afirmou o codiretor do Bataclan
A casa de espetáculos parisiense Bataclan reabre neste sábado (12) com um show de Sting na véspera do primeiro aniversário dos atentados terroristas que deixaram 130 mortos em diversas partes da capital francesa.
"Era a única resposta ao terror desse dia", afirmou o codiretor do Bataclan, Jules Frutos, que, em entrevista à emissora France Info, afirmou que Sting tinha se oferecido para tocar no local, onde 90 pessoas morreram nos ataques e várias centenas ficaram feridas.
"Foi ele quem lançou a primeira pedra. Não demorei muito para apanhá-la", indicou Frutos. Segundo ele, o interior do Bataclan "foi refeito de forma idêntica". As obras terminaram na semana passada.
Em março e em outubro deste ano já haviam sido organizadas visitas para 400 espectadores presentes no show do Eagles of Death Metal na noite de 13 de novembro de 2015, quando ocorreu o tiroteio. A banda, por sua vez, não voltará.
O cantor do grupo, Jesse Hughes, acusou alguns dos vigilantes de terem fugido assim que os terroristas chegaram, o que foi prontamente desmentido pela organização. Hughes atribuiu a escapada ao fato de serem de origem árabe.
Os roqueiros do Eagles of Death Metal "não passarão pelo Bataclan", disse o codiretor, que acrescentou que "por respeito de todos (...) e da decência, não os convidaria".
Depois do concerto de Sting, na casa com uma capacidade máxima de 1,5 mil pessoas, estão programadas 20 atuações até primavera
Na noite deste sábado a plateia será formada, sobretudo, por familiares das vítimas do ataque jihadista. A principal autoridade presente será a ministra francesa de Cultura, Audrey Azoulay.
Ontem, foi feito um minuto de silêncio antes do jogo de futebol entre as seleções de França e Suécia, no Stade de France (um dos palcos da ação terrorista). Na arquibancada estava o presidente francês, François Hollande.
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