Educação
Estudantes da Ufal denunciam coação, intimidação e precariedade no transporte público em Palmeira dos Índios

Estudantes universitários de Palmeira dos Índios, que dependem do transporte público para chegar ao campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Arapiraca, denunciaram novos episódios de intimidação, violência psicológica e desrespeito por parte de motoristas e fiscais do sistema de transporte. O caso mais recente ocorreu na noite da última quarta-feira (10).
Segundo relatos, a situação começou quando uma estudante questionou a baixa velocidade do ônibus. O que poderia ser resolvido com um esclarecimento tornou-se um episódio de constrangimento público, após o motorista e um fiscal adotarem postura agressiva, levantando a voz e apontando o dedo no rosto da jovem. Outras alunas que tentaram intervir também afirmaram ter sido coagidas e tratadas com descaso.
De acordo com os estudantes, a situação escancarou ainda o caráter discriminatório da abordagem. “Quando um aluno homem se levantou para questionar, o fiscal mudou imediatamente o tom e passou a agir de forma mais calma”, relataram. Para os universitários, a mudança de comportamento revela um padrão machista e covarde, que direciona a violência principalmente contra mulheres.
Na noite anterior, uma aluna já havia sido coagida pelo gerente do transporte público em circunstâncias semelhantes, reforçando, segundo os estudantes, que não se trata de casos isolados, mas de uma prática recorrente.
Além da intimidação, os jovens denunciam o desmonte do transporte universitário na cidade. A demora na entrega de carteirinhas, a alegação de falta de vagas e a ausência de respostas da prefeitura têm levado estudantes a abandonar os cursos. “É a negação concreta do direito constitucional à educação”, destacam.
Outro procedimento considerado abusivo é a retenção obrigatória das carteirinhas estudantis. Ao entrar no ônibus, os universitários são obrigados a entregar o documento, que só é devolvido no fim da noite. Para os alunos, a prática é humilhante e injustificável. “Nos sentimos tratados como suspeitos, sem direito à confiança e à dignidade”, afirmam.
Os estudantes exigem que a Secretaria de Transporte e a Prefeitura de Palmeira dos Índios adotem providências imediatas para coibir os abusos, garantir segurança e assegurar o direito à educação. Eles também alertam que, caso não haja resposta, levarão o caso a instâncias superiores, à imprensa regional e nacional e às autoridades competentes.
“Educação é direito, não privilégio. Intimidação não calará os estudantes. Respeitem nossos direitos. Respeitem as mulheres”, reforça a nota pública divulgada pelos universitários.
O portal Tribuna Hoje entrou em contato com a assessoria da Ufal, mas não houve retorno sobre o assunto. O site não conseguiu contato com a assessoria da Prefeitura de Palmeira dos Índios que, de acordo com os estudantes, é a responsável pelo transporte.
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