Educação
Projeto leva Literatura a estudantes de 30 escolas da rede municipal de Maceió
Promovido pela Rede de Bibliotecas da Semed, o projeto 'Escritores nascem na Escola' aproxima estudantes de escritores e estimula a criatividade

Estudantes de 30 escolas da rede pública de ensino de Maceió participam, ao longo deste ano, do projeto “Escritores Nascem na Escola”, promovido pela Rede de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Com a iniciativa, mais de 3.000 alunos dos 4º e 5º anos e dos 8º e 9º anos praticam a leitura e são incentivados a criar seus próprios universos literários, descobrindo a magia da literatura.
A ação é supervisionada por servidores da Semed que também são escritores publicados, o que torna o contato entre autor e leitor ainda mais próximo. A presença dos escritores nas escolas visa despertar o interesse pela leitura e pela escrita, promovendo discussões sobre os textos, sua compreensão e interpretação, além de estimular a produção textual.
Muitos estudantes acreditam que a produção literária é restrita a intelectuais e pessoas que dominam as letras. Nesse sentido, o contato com escritores e com suas experiências literárias quebra essa barreira e desmistifica tanto a figura do escritor quanto as possibilidades de criação.
O escritor Emanuel Galvão, que também é servidor da Semed, contou que o projeto surgiu em 2022, com a primeira Olimpíada de Língua Portuguesa da rede pública de ensino de Maceió. O sucesso foi tanto que a ação permaneceu na rede municipal. A principal meta passou a ser mostrar que os escritores nascem na escola, ao aprenderem a ler e escrever, e que, com esforço, qualquer pessoa pode seguir o caminho das letras e tornar-se um contador de histórias.

“A ideia era realmente aproximar os alunos de escritores que eles só conheciam no papel. Podemos citar Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos, que não estão mais entre nós. Então, esse escritor que parece tão distante no papel poderia estar perto deles, brincar com eles, brincar com a palavra e incentivá-los a escrever”, explicou.
Como um dos “tutores” do projeto, Emanuel conta que sempre busca incentivar os estudantes a produzir poesias e histórias, usando o próprio relato de vida como exemplo.
“Eu digo para eles que tive dificuldade de ler e de escrever, e que foi justamente a leitura que me proporcionou virar poeta e membro da Academia Maceioense de Letras. Então, o objetivo é aproximá-los dessa leitura”, afirmou.
Gosto pela leitura
Na quarta-feira, 13 de agosto, foi a vez de estudantes da Escola Municipal Pedro Café, localizada no bairro Rio Novo, participarem de uma tarde repleta de atividades dentro do projeto. O poeta Emanuel Galvão visitou a unidade, apresentou poemas e conversou com os alunos sobre as ações desenvolvidas ao longo do ano.
Eliane Corrêa, vice-diretora da Escola Pedro Café, destacou que a unidade de ensino pratica, durante todo o ano letivo, atividades de leitura e escrita por meio de pesquisas e produção textual.
“As professoras, com a orientação da coordenadora pedagógica, se envolvem muito no processo em sala de aula, e isso é fruto de um trabalho bem articulado entre a equipe pedagógica”, pontuou.
A coordenadora pedagógica da escola, Lidiane Nascimento, reforçou que o planejamento das atividades é feito desde o início do ano letivo, assim que é montado o plano de ação da escola.
“Nesse momento, já incluímos o projeto de leitura, que será trabalhado o ano inteiro, geralmente com abertura em fevereiro e culminância em dezembro”, detalhou.
Para Lidiane, o projeto criou uma identidade leitora nos alunos, que agora desenvolveram verdadeiro gosto pela leitura.
“O gosto pela leitura muda quando a gente trabalha de forma lúdica a questão da sensibilidade, o acesso à cultura e tudo aquilo que é pesquisado por eles. E quando a gente parte para o gênero poesia, percebe que isso fica mais acentuado nas produções”, disse.

Paulo Gabriel, aluno do 5º ano, compartilhou que gosta muito do projeto e que seu tipo favorito de leitura são as rimas.
“Gostaria que esses eventos acontecessem mais vezes. Gostei dos poemas e das rimas, que foram muito legais”, afirmou.
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