Educação

Mulher trans usa redes sociais para denunciar crime de transfobia durante matrícula na Ufal

Universidade disse não ter conhecimento oficial do caso, mas ressalta que respeita a decisão do uso do nome social

Por Tribuna Hoje 11/07/2025 14h07
Mulher trans usa redes sociais para denunciar crime de transfobia durante matrícula na Ufal
Nefertiti de Oliveira Souza - Foto: Acervo pessoal

Uma mulher trans publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando ser vítima de transfobia institucional. De acordo com Nefertiti de Oliveira Souza, o caso aconteceu quando ela foi fazer matrícula para o curso de história na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“Não aguento mais a transfobia institucional”, disse a jovem no início do vídeo. Ainda de acordo com ela, o seu nome é retificado em todos os documentos – uma vez, que todos foram alterados para seu nome social, incluindo os documentos oficiais como a certidão de nascimento. Porém, quando emitiu o comprovante de matrícula, consta o nome antigo.

“Mesmo com todos os documentos retificados, mesmo com anos de luta, de resistência, de afirmação da sua identidade, a universidade insiste em registrar sua matrícula com o nome morto. Um erro que não é apenas técnico: é violência, é negligência, é desumanidade travestida de burocracia”, compartilhou Nefertiti nas redes sociais.

A estudante, que já cursou letras e agroecologia, também é organizadora de um espaço para mulheres trans e travestis da cena ballroom de Alagoas, um movimento de política e entretenimento para fortalecer a diversidade de sexualidade, gênero e raça.

A denúncia foi postada por Nefertite nessa quinta-feira (10), após realizar a matrícula no Campus A.C. Simões, em Maceió.

A Ufal informou que ainda não tem conhecimento oficial sobre o caso, mas ressaltou que respeita a decisão do uso do nome social, desde que seja feita a solicitação pelo aluno.