Educação
Campanha do TJAL pelo fim da violência contra a mulher impacta quase 3 mil alunos em Alagoas
Os 21 dias de ativismo são uma iniciativa do CNJ que busca sensibilizar a sociedade para o tema; 21 magistrados alagoanos palestraram para alunos em diversos municípios
A campanha ‘21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher’, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e promovida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), impactou quase três mil alunos em todo o estado.
A ação foi organizada pela Coordenadoria da Mulher do TJAL e contou com a participação de 21 magistrados alagoanos que palestraram para estudantes de 24 escolas da rede pública de ensino do estado.
A juíza Eliana Machado, coordenadora da Mulher do TJAL, falou sobre sua alegria e satisfação em ver o grande e positivo impacto que a campanha teve para os alunos e escolas envolvidas, principalmente pelo TJAL ser um tribunal pequeno comparado a outros estados.
“Quando quase três mil adolescentes ouvem sobre violência contra a mulher e suas consequências, bem como passa a compreender como a rede de proteção de sua cidade funciona, plantamos uma semente nas suas vidas, com reflexos presentes e futuros não só para eles, como também para suas famílias e para a sociedade”, ressaltou.
Ela ainda pontuou que “com essas palestras, foi possível atingir dois dos quatro eixos de proteção à mulher previstos no art. 8º da Lei Maria da Penha, quais sejam, prevenção e combate”.
Impacto
A abertura da campanha aconteceu no dia 21 de novembro para cerca de 80 alunos do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA) e se encerrou na última quarta (11) com a palestra da juíza Luana Cavalcante para cerca de 60 alunos da Escola Estadual Monsenhor Macedo, em Palmeira dos Índios.
O estudante Jackson Araújo foi um dos alunos impactados pela ação. Ele estuda na Escola Gilvânia Ataíde e disse o quanto a palestra foi importante para enxergar situações de violência que vivencia ao seu redor.
“Os homens deveriam ser para as mulheres os seus protetores, mas com os acontecimentos eles estão deixando de ser protetores, para ser o grande causador do problema. A violência não é só física, mas existe também a psicóloga que para mim é uma das piores, pois a mulher para de ser ela mesma. A palestra deixou um significado enorme para todos nós que a proteção em primeiro lugar”, relatou.
A professora Luciana Luz, que atua na escola Gilvânia Ataíde, enfatizou que levar esse conhecimento para adolescentes é fundamental para perpetuar uma cultura de não violência e proteção às mulheres. Ela é idealizadora do projeto ‘Não nos Mate’, fruto de ações do Grupo de Pesquisa História e Interdisciplinar Luiz Sávio de Almeida (G.PHILSA).
“Foi muito impactante para os jovens ali presentes participarem da palestra e discussão sobre esse tema. Este projeto não apenas aborda questões críticas de forma inovadora, mas também promove a educação, a empatia e a ação comunitária, contribuindo para um futuro mais justo e igualitário”, ressaltou.
Importância
O juiz Bruce Lee Pimentel, magistrado na comarca de Piranhas, palestrou para quase 500 alunos do Instituto Federal do município. Ele destacou a surpreendente atenção e interação dos alunos ao longo das palestras, que foram realizadas nos dias 02 e 03 de dezembro.
“A participação dos alunos reforça que a campanha atingiu seu principal objetivo: fomentar a conscientização sobre os diferentes tipos de violência de gênero e promover o debate acerca das desigualdades históricas e culturais que permeiam nossa sociedade. Esse resultado evidencia o papel transformador que ações educativas desempenham na formação cidadã, especialmente quando voltadas para jovens em fase escolar”, disse.
A juíza Priscilla Cavalcante, titular da comarca de Matriz do Camaragibe, palestrou para 300 alunos da Escola Estadual Saturnino de Souza.
Ela destacou que a campanha tem enorme importância porque promove a aproximação do Judiciário com os adolescentes e permite que seja iniciada e reforçada a conversa sobre os impactos da violência doméstica e familiar contra a mulher, assim como sobre questões envolvendo igualdade de gênero, consentimento nos relacionamentos e diferentes formas de masculinidade.
“É um momento de abertura do Judiciário para o diálogo com a comunidade jovem para espalhar informação e conhecimento sobre violência de gênero, incentivando a reflexão sobre a construção de relacionamentos mais saudáveis visando à redução dos números de violência contra mulheres. Me sinto honrada em poder plantar essa semente”, falou.
Magistrados envolvidos
Campanha
O Conselho Nacional de Justiça promove, a partir do dia 20 de novembro, os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher com ações. A campanha se inicia no dia da Consciência Negra no país e traz reflexões sobre os variados cenários da violência de gênero contra meninas e mulheres, com a contextualização de suas vulnerabilidades.
A campanha representa para o CNJ um marco no aprofundamento das políticas de combate à violência de gênero, feminicídio e outras formas de agressões no âmbito do Judiciário.
A campanha, bem como outras ações, desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Justiça, estão em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030, elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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