Educação
Sociedade condena ação de colégio
Aluno com diagnóstico de TDAH e TOD foi expulso de colégio em Maceió
A expulsão de um aluno de oito anos de idade com diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e de Transtorno Opositor Desafiador (TOD) pelo Colégio Monsenhor Luís Barbosa, revelada pela Tribuna Independente na semana passada, continua com desdobramentos em diversos órgãos em defesa da educação inclusiva no Estado.
O caso do menor provocou indignação também na sociedade em geral por abranger entidades representativas em defesa dos direitos humanos, dos direitos da acriança e adolescente e do acesso à educação.
A mãe do menor, a atendente de consultório médico, Jacyara Nadianne Barbosa Pereira, de 35 anos, afirmou que continua muito abalada, mas está transformando o sofrimento em força em busca por Justiça pelo seu filho.
O Colégio Monsenhor Luís Barbosa, localizado no Centro da capital, foi novamente procurado ontem, no entanto, não respondeu às nossas solicitações até o fechamento desta edição.
NOTA
Por meio de nota enviada ao Jornal Tribuna Independente na semana passada, o Colégio afirmou que antes de decidir, de forma unânime, pela expulsão do menor procurou o Ministério Público Estadual.
Rede pública: Semed diz ter atendimento especializado
A rede pública de ensino de Maceió atende, hoje, cerca de 3.541 alunos com deficiência, das quais 1.139 com Transtorno do Espectro Autista. Para acompanhar e dar o suporte necessário a esses alunos, a rede conta com 96 das 148 unidades escolares que possuem a Sala de Recursos Multifuncionais, bem como 1.098 Profissionais de Apoio Escolar (PAE). As salas oferecem Atendimento Educacional Especializado a todos esses estudantes.
A Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) informou, por meio da assessoria de comunicação, que o sistema de matrícula online é inclusivo e que realiza formação continuada com os profissionais que atuam diretamente com público da educação especial, professores do atendimento educacional especializado, intérpretes de libras e profissionais de apoio escolar.
Já o público com TDAH, dislexia e discalculia, que não faz parte do Atendimento Educacional Especializado, necessita de acompanhamento pedagógico, que é realizado em cada escola, a partir das avaliações diagnósticas aplicadas. Os professores das unidades escolares também têm formação para intervir no processo de ensino de estudantes que apresentem dificuldades de aprendizagem.
A Secretaria Municipal de Educação está discutindo a criação do 1° Centro de Referência para Estudantes com Deficiências.
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