Educação
Alagoana passa em universidade americana com projeto para escolas públicas
"Vou mudar a educação brasileira trazendo robótica para as escolas, para que os alunos se adequem a esse mundo da tecnologia que está surgindo - como inteligência artificial –, e tenha oportunidades para crescer na vida", afirma a jovem Ana Júlia Monteiro, prestes a embarcar para os Estados Unidos, onde conseguiu bolsa de estudos para a Universidade da Pensilvânia (UPenn), um membro das renomadas universidades da Ivy League e uma das 20 melhores do mundo pelo ranking da Times Higher Education (THE) A convicção da alagoana junto com o apoio da Crimson Education, foram pontos valiosos para a aprovação dela na instituição onde ela terá uma formação sólida que a leve ao alcance do seu objetivo.
Co-fundadora da startup Daxi Education, ela vai cursar Business com foco em empreendedorismo social. "A educação é de extrema importância e quero trazer ações positivas para a sociedade", diz Ana, que acaba celebrar 20 anos. O interesse pela robótica começou nas salas de aula, em competições na escola a partir dos 12 anos. "Foi a oportunidade que tive para me destacar e crescer. Fui para os Estados Unidos e para o Uruguai e trouxe prêmios para Brasil com minha equipe", conta, orgulhosa de conquistas como o Connect Award, o Core Values Award o Global Student Prize, da Varkey, que a classificou entre os dez estudantes mais excepcionais do mundo.
Com 18 anos, trabalhou como assessora na Secretaria da Educação e se deparou com as dificuldades do sistema de ensino do país. "Desenvolvi o primeiro projeto piloto de robótica em uma escola de Maceió. Não tinha recursos nem conhecimento nessa área e visualizei muitos dos problemas das escolas públicas, como sobrecarga dos professores, inexperiência e falta de formação que levam a projetos muito simples que não desenvolvem as habilidades corretas, além de materiais muito caros", lista.
Foi quando se uniu à amiga Joyce Sapucaia para criar a startup Daxi Education, em 2022. O nome remete à cultura chinesa da inovação, e a plataforma conecta os alunos à tecnologia e engenharia com kits educacionais aliados aos conteúdos da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). "Desenvolvemos aulas, já entregamos conteúdo completo e suporte. Planejamos aulas para criar inovação e conscientização, levando em consideração necessidades regionais para atender expectativas locais - como a pesca de sururu, por exemplo", conta.
Com olhar visionário, Ana Júlia focou na universidade americana para aprimorar sua base de estudos e ter mais força para seguir adiante com o projeto. "Os Estados Unidos são a terra da oportunidade para negócios e investimento, local onde as ideias florescem. "Vou, mas volto para colocar em prática o que aprendi", diz. Foi aí que ela conheceu a Crimson Education - consultoria educacional que prepara os alunos para aumentar suas chances de admissão em instituições renomadas dos EUA, Canadá, Reino Unido e Europa – e foi selecionada com a Bolsa Crimson Brasil 2022.
Com a assessoria, Ana Júlia aplicou para as faculdades desejadas e passou em três universidades: UPenn (bolsa integral), Babson College (bolsa integral) e Hult Business School. "A mentoria foi essencial na minha trajetória, me ajudou a entender como funciona a admissão americana e, principalmente, a desenvolver um mindset de fazer algo bem único para ter sucesso e saber vender meu peixe, ter um bom marketing pessoal", aponta.
Uma das táticas usadas por Ana Júlia para passar pelo processo de admissão foi o uso de frases de efeito, como a que ela tem como lema e que resume sua trajetória até aqui: "Não é fácil, mas não tem como dar errado para quem faz até dar certo", finaliza.
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