Educação
Professora usa imagens e sons na alfabetização em escola de Maceió
Instrução fônica com onomatopeias é realizada na Escola Almeida Leite pela professora Rosângela Krisan
A professora da rede municipal de ensino de Maceió, Rosângela Krisan, tem comemorado desde 2022 os frutos de um trabalho incansável com os estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Municipal Almeida Leite, na Ponta Grossa. Isso porque a servidora percebeu uma evolução na aprendizagem e na alfabetização dentro da unidade, especialmente na sala de recursos, após implementar um projeto que utiliza o método das onomatopeias.
Onomatopeia é um figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons naturais, que podem ser de objetos, animais ou pessoa. São sons que formam palavras tanto na fala quando no escrita.
Durante os mais de 20 anos na rede de ensino, Rosângela sempre trabalhou com o método fônico e viu nele uma oportunidade de aperfeiçoamento e inovação em sala de aula. Em junho de 2022, depois de pesquisas, a professora conheceu um método semelhante, mas que utilizava as onomatopeias como base.
“A diferença é que eu trabalhava apenas com o som e este método trabalha com imagem e som. A gente trabalha com instrução fônica, que é um ensino do som. Comecei a trabalhar com isso na sala de recurso porque buscamos metodologias, jeitos, para que nosso público consiga facilmente aprender”, contou Rosângela, salientando que essa dinâmica dá apoio ao cérebro das crianças para que elas consigam memorizar e aprender melhor o som das letras, possibilitando uma melhora na alfabetização.
A metodologia, idealizada pela professora do Instituto Ler Mais, Sandra Poliezer, e que visa a alfabetização das crianças em até quatro meses, foi tomando proporção na Escola Almeida Leite. Somando o seu método ao de Sandra, a servidora Rosângela tem feito duas vezes na semana, na sala de recursos, com intervenções durante as aulas regulares, jogos, bingos e dinâmicas lúdicas. Segundo a professora, o que a motivou a levar as dinâmicas para a escola foi a necessidade de procurar meios de recompor a aprendizagem dos alunos, que foi afetada pela pandemia.
As atividades são realizadas pela própria Rosângela e pela coordenadora pedagógica da unidade, Salione Benevides, que também percebeu o bom desempenho dos estudantes e transformou essa ação em um projeto em abril de 2023.
“É muito bom porque a gente ver os avanços. As crianças aprendem brincando, essa é a magia do método, porque elas ficam muito encantadas e então conseguem gravar os assuntos mais rápido. É também prazeroso ver que os estudantes conseguem isso de uma forma mais tranquila, de uma forma que eles ficam entusiasmados, encantados. Os avanços são visíveis, na leitura e na escrita, porque são sons de letras, a gente trabalha som por som e letra por letra, eles conseguem juntar e entender o porquê da letra, as frases”, destacou Rosângela.
Para a vice-diretora da escola, Ana Paula, o projeto tem buscado alfabetizar as crianças da rede e avançar cada vez mais na aprendizagem. A unidade atende um total de 388 estudantes, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI).
“Para a nossa surpresa, após em média três meses do projeto em nossa escola, as crianças avançaram em nível alfabético, deixando toda equipe feliz. O resultado tem sido bastante positivo na aprendizagem”, concluiu a diretora.
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