Educação

No dia internacional da educação, Seduc comemora avanços na rede pública alagoana

Valorização de servidores, resgate e motivação de estudantes e investimento em infraestrutura fortalecem o ensino e a aprendizagem de crianças, jovens e adultos

Por Secom/Alagoas 24/01/2022 16h17
No dia internacional da educação, Seduc comemora avanços na rede pública alagoana
Reprodução - Foto: Assessoria

Nesta segunda-feira, dia 24, comemora-se o Dia Internacional da Educação. Em Alagoas, não faltam motivos para celebrar: o Estado promoveu a valorização e melhoria salarial dos servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), realizou concurso público e concedeu bolsas para projetos de melhoria da aprendizagem, resgate e motivação de estudantes, além de investir em infraestrutura escolar e transporte. Tudo isso, vale ressaltar, em meio a uma pandemia que trouxe novos desafios e exigiu que a escola fosse repensada e se adequasse a uma nova realidade.

“Estes dois últimos anos têm sido desafiadores, mas, mesmo com todos os obstáculos impostos pela pandemia, temos nos desdobrado para continuar ofertando uma educação de qualidade para nossas crianças e jovens, como também buscamos valorizar e reconhecer os profissionais que contribuem para a aprendizagem de nossos alunos. Em 2021, tivemos o maior investimento da história da educação alagoana que transformou a realidade de alunos e servidores. Neste ano, seguiremos avançando com programas inovadores e dando aos nossos alunos estudantes uma nova perspectiva de futuro”, declara o secretário de Estado da Educação, Rafael Brito.

Novos tempos

Deives Cidrim é testemunha das mudanças ocorridas na rede estadual. Ele, que até o ano passado era professor contratado de matemática nas escolas estaduais Moreira e Silva e Adeilza Maria, vai começar o ano letivo 2022 como efetivo: foi aprovado em um concurso com mais de 29 mil inscritos - e três mil vagas - e já inicia esta nova jornada com o salário reajustado de acordo com o novo PCCS do magistério, o qual estipula o piso de R$ 4.500 para professores com licenciatura plena.

“Estava há três anos como professor contratado e a aprovação no concurso me trouxe uma alegria dupla: a estabilidade e a melhoria salarial proporcionada pelo PCCS, o que foi uma surpresa muito agradável. Tivemos um aumento de 40% e estamos entre os melhores salários do país. Isso nos motiva muito, pois a valorização do professor não se dá apenas com palavras, mas também com melhoria salarial e tenho certeza de que esse reconhecimento trouxe alegria a todos os novos concursados”, afirma Deives, cuja trajetória é intrinsecamente ligada à escola pública, visto que cursou os ensinos fundamental e médio na Escola Estadual Salete de Gusmão e cursou Matemática na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Mas a melhoria salarial não se deu apenas com o PCCS. A implantação de progressões funcionais há muito tempo aguardadas e a concessão de bolsas de R$ 1.500 mensais dos programas Vem que dá Tempo e Professor Mentor não só aumentaram o subsídio do professor, mas também lhe permitiram exercer sua criatividade e potencial no desenvolvimento de projetos para a melhoria da aprendizagem dos alunos da rede estadual.

É o que diz Adonias Gomes, amigo de infância de Deives e também professor de matemática nas escolas estaduais Margarez Lacet e Benedita de Castro Lima. “Ao longo deste ano, vimos os investimentos sendo feitos e tenho certeza que a educação de Alagoas vai crescer muito. O Professor Mentor, por exemplo, proporcionará um desenvolvimento ainda maior aos nossos estudantes”, destaca Adonias, que também foi aprovado no último concurso.

Estímulo

Outra frente de ação importante é o combate ao abandono escolar. Para isso, desde 2020, a Seduc, junto com as Gerências Regionais de Educação (Gere) e escolas estaduais intensificou as ações de Busca Ativa para resgatar alunos que, nestes últimos dois anos, evadiram das escolas. A iniciativa deu tão certo que, de março para cá, quase 27 mil estudantes voltaram às bancas escolares.

E não foi só isso. Para estimular a permanência do estudante na escola e reconhecer seu esforço durante a pandemia, foi criado o Cartão Escola, onde os estudantes podem receber premiações de até R$ 2.600 se tiverem voltado às aulas presenciais, registrado frequência escolar acima de 80% e tiverem concluído o ensino médio. Até o momento,  mais de 55 mil alunos já receberam a premiação e, na última quinta-feira (20), foi divulgada a lista de mais 25 mil que terão suas contas abertas pela Seduc em parceria com a Caixa Econômica Federal e que recebem sua bonificação a partir do dia 27.

Concluinte do ensino médio em 2021, a estudante Mayane Assis foi uma das que entraram no primeiro lote de pagamento do cartão. “Eu e meus colegas ficamos muito felizes quando recebemos os R$ 2.600. Para mim, esse dinheiro veio em boa hora e me ajudará bastante. Uma das coisas que pretendo fazer com ele é tirar minha primeira habilitação”, conta a jovem, que estudou na Escola Estadual Moreira Silva, localizada no Cepa, em Maceió.

Resgate

E essa busca não se dá apenas pelos alunos matriculados na rede estadual. Por meio do programa Vem que dá Tempo, a Seduc resgata alagoanos que haviam abandonado a escola há pelo menos dois anos, dando a chance de concluir o ensino fundamental por meio de uma prova e, dessa forma, retomar seus estudos. Nos últimos dois meses, mais de quatro mil pessoas se inscreveram no programa.

Uma delas foi Gilson Inácio. Trabalhador autônomo, ele parou de estudar há trinta anos e, quando o programa foi anunciado, resolveu fazer sua inscrição justamente na escola onde havia estudado pela última vez: a Escola Estadual Princesa Isabel, no Cepa, em Maceió. “Fiz minha inscrição na terça-feira, em uma quinta e sexta tive as aulas e já no sábado, fiz a prova. Tudo muito rápido e prático. Fiquei muito feliz, quase não acreditei”, relata.

O Vem Que Dá Tempo também oferece bolsas para estudantes e professores. O candidato que inscreve e é aprovado na prova de certificação, recebe uma premiação  de R$ 500, sendo R$ 300 em uma parcela única para os aprovados e R$ 200 para quem tiver frequência superior a 75% no curso preparatório para a prova. Já os professores que ministram os cursos preparatórios e aplicam as provas são contemplados com bolsas de R$1.500.