Educação

Alagoas tem o melhor desempenho na OBMEP da história

Foram 108 medalhas e, pela primeira vez, estado teve seis ouros – dois deles da rede estadual

Por Secom /Alagoas 20/01/2022 13h37
Alagoas tem o melhor desempenho na OBMEP da história
Reprodução - Foto: Assessoria
Os investimentos na educação pública da rede estadual de Alagoas já rendem bons frutos. O estado teve o melhor desempenho da sua história na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Na edição 2021, foram 108 medalhas – 6 ouros, 22 pratas e 80 bronzes – e 837 Menções Honrosas conquistadas por alunos de escolas municipais, estaduais, federais e particulares, a maior premiação já registrada pelo estado nas dezesseis edições da competição. Além disso, o estado, pela primeira vez, conquistou 6 ouros na olimpíada, dentre os quais, o da primeira estudante do sexo feminino a ter a premiação máxima da OBMEP. Foram 19 medalhas a mais do que a edição 2019, quando Alagoas teve 89 medalhas - 78 bronzes, 7 pratas e 4 ouros - e 609 Menções Honrosas. Pela rede estadual de ensino, foram 23 medalhas – 2 ouros, 2 pratas e 19 bronzes – e 266 Menções Honrosas conquistadas em 2021. As escolas estaduais, por sinal, mantiveram o bom desempenho de 2019, repetindo o mesmo número de ouros e, pela primeira vez, tendo um bimedalhista de ouro – João Vitor Silva dos Santos, da Escola Estadual Padre Cabral, de Maceió – e uma estudante do sexo feminino medalhista de ouro – Gabriela Souza, da Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios, também a primeira alagoana a conquistar a premiação máxima da competição. Pioneiros João Vitor e Gabriela falam com orgulho de seus feitos. “Fico muito feliz com esse resultado e continuarei focando para conquistar medalhas não só na OBMEP, mas também em outras competições nacionais e internacionais de matemática, a exemplo da OBM e das Olimpíadas do Cone Sul”, conta João, que, dentre outras premiações, soma bronze e ouro nas edições 2018 e 2019 da OBMEP, ouro na Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM) 2019, ouro no Concurso Canguru de Matemática e Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2021 e bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). Já Gabriela espera que seu feito incentive mais garotas a acreditarem em seu potencial. “Desde que conheci a OBMEP, ganhar um ouro sempre foi a minha meta. Nestes últimos anos, a pandemia nos trouxe muitas dificuldades e ganhar ouro em meio a esse cenário é uma vitória enorme. Também fico feliz por ter sido a primeira garota medalhista de ouro e espero que minha conquista motive outras meninas a fazerem o mesmo, a lutarem por uma medalha”, frisa Gabriela, que é tetramedalhista da OBMEP (2 bronzes e um ouro com a Escola Estadual Almeida Cavalcanti e um bronze com a Escola Municipal Douglas Apratto). Resultado histórico Ricardo Lisboa, superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação e Adeilailson Peixoto, coordenador da OBMEP em Alagoas também comemoram o resultado e o atribuem à combinação talento e abnegação de alunos e professores a um processo de formação. “Mesmo em meio aos desafios da pandemia, jamais deixamos de trabalhar pelo aperfeiçoamento da Educação de Alagoas e, por isso, gostaria de parabenizar todas as escolas por este resultado. Elas desenvolvem um trabalho focado e contínuo nas olimpíadas e isso também consolida as ações empreendidas pela Seduc, Gerências Regionais, enfim, toda a rede estadual, pela Educação”, destaca Ricardo, adiantando, que, em 2022, o projeto deve ser fortalecido nas escolas. Adelailson ressalta o trabalho de formação junto aos professores de matemática em todo o estado. “Para isso, contamos com o apoio das Gerências Regionais de Educação, o que nos permitiu percorrer todo o estado com formações desde o período de inscrições até a realização das provas. Isso compensou as perdas da pandemia. Além disso, temos conseguido alcançar mais escolas no interior, inclusive nas áreas mais remotas, o que fez com que mais alunos melhorassem sua base em matemática graças às metodologias da OBMEP”, avalia. Premiados da rede estadual Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e secretarias municipais e estaduais de Educação, a OBMEP visa descobrir e incentivar talentos da matemática nas redes pública e privadas. Além dos estudantes, a olimpíada também premia professores e secretarias de Educação. Confira abaixo a lista dos premiados da rede estadual de ensino: Alunos Ouro – João Vitor dos Santos (Escola Estadual Padre Cabral, Maceió) e Gabriela Barbosa Souza (Escola Estadual Almeida Cavalcanti, Palmeira dos Índios); Prata – Mayara Lins dos Santos (Escola Estadual Fernandes Lima, Maceió) e José Guilherme Rocha Pimentel (Escola Estadual Aristheu de Andrade, Colônia Leopoldina); Bronze – João Davi Chaves Barbosa (Colégio Tiradentes - Unidade Maceió); Guilherme Jardel Bernardo Moreira (Escola Estadual Rosalvo Ribeiro, Rio Largo); Jhon Álvaro dos Santos (Escola Estadual Alfredo Rêgo, Igreja Nova); Maxelly Mylena de Lima (Escola Estadual Margarez Lacet, Maceió); Nicolas Lopes de Araujo (Escola Estadual Dr. Jorge de Lima, União dos Palmares); Matheus Araujo Rolemberg (Escola Estadual Aurino Maciel, Arapiraca); Samara Helen Rocha dos Santos (Escola Estadual Alfredo Rêgo, Igreja Nova); Mateus Teodósio Guedes (Escola Estadual Ormindo Barros, Santana do Ipanema); Marcelo Venâncio Lopes (Colégio Tiradentes Unidade Maceió); Luiz Ricardo Elias da Silva (Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus, Teotônio Vilela); Tawan Vitorino Martins (Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, Lagoa da Canoa); Levy Vinicius Gama Lima (Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, Lagoa da Canoa); Cinthia Maria Gomes Paulino (Escola Estadual Egídio Barbosa, Palmeira dos Índios); Stefany Maria da Silva Lopes (Escola Estadual Djalma Barros Siqueira, Coruripe); Emerson Marques da Costa (Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, Lagoa da Canoa);Alan Vinicius Soarem Bonfim (Escola Estadual Delmo Ferreira, Jundiá); Nicolas Lorran Simplício de Lima (Escola Estadual Manoel Lúcio da Silva, Arapiraca); David Costa França (Escola Estadual Santos Ferraz, Taquarana) e Fernando Carlos de Oliveira Júnior (Escola Estadual Dr . Sidrônio Augusto de Santa Maria, Santa Luzia do Norte).