Economia
Rebanho bovino cai 3%, mas produção de leite movimenta R$ 1,3 bilhão em Alagoas
Aquicultura cresce 38% puxada pela tilápia; veja mais destaques da Pesquisa da Pecuária Municipal

Em 2024, o valor de produção da pecuária em Alagoas chegou à marca de R$ 1,815 bilhão, alta de 9,2% em relação ao ano anterior (R$ 1,662 bilhão).
O leite continua sendo o carro-chefe da pecuária do estado, sendo o responsável por mais de 87% de todo o valor arrecadado entre os produtos de origem animal.
O valor da produção de leite no ano passado foi de R$ 1,363 bilhão, 7,8% superior à arrecadação de 2023. Os números são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2024, divulgados hoje (18) pelo IBGE.
A produção de leite se manteve estável. Durante 2024, foram produzidos cerca de 597 milhões de litros, o que representa uma variação positiva de 0,08% em relação a 2023.
Alagoas é o 5º do Nordeste na produção de leite, atrás de Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe. Os municípios de Major Isidoro, Palmeira dos Índios e Batalha são os maiores produtores do estado. No Brasil, a produção de leite atingiu 35,7 bilhões de litros, novo recorde, movimentando R$ 87,5 bilhões.
Ovos de galinha, codorna e mel
Além do leite, Alagoas também produziu 31,5 milhões de dúzias de ovos de galinha; 2,6 milhões de dúzias de ovos de codorna; e mais de 538 mil quilos de mel de abelha.
O valor da produção de ovos de galinha, outra atividade de grande rentabilidade no setor agropecuário alagoano, superou R$ 178 milhões durante o ano de 2024.
Queda de 3% no efetivo de bovinosEntre 2023 e 2024, houve uma queda de 3% no efetivo de bovinos em Alagoas, que agora possui 1,38 milhão de cabeças de gado.
Os maiores rebanhos do estado são os de galináceos (total), com 4,96 milhões; galináceos (galinhas), com 1,65 milhão, e bovinos, com 1,38 milhão. O menor efetivo é o de bubalinos, que conta com 1.669 cabeças.
No cenário nacional, a quantidade de cabeças de gado atingiu 238,2 milhões de cabeças, recuo de 0,2%, mas o segundo maior número da série histórica, superado apenas por 2023.
Cultivo de tilápia cresce 23% e chega a 9 mil toneladas
Em Alagoas, os destaques da aquicultura foram os cultivos de tilápias (9 mil toneladas; crescimento de 23%), tambaqui (3,3 mil toneladas; crescimento de 12,4%) e camarão (2 mil toneladas; crescimento de 21,4%).O valor de produção da aquicultura cresceu 38% no estado, passando de R$ 182,5 milhões em 2023 para R$ 251,9 milhões em 2024.Só a produção de tilápias alcançou R$ 134,6 milhões (crescimento de 46,9%) e representa quase 53,5% do valor de toda a aquicultura do estado. A cifra é a 3ª maior do Nordeste, ficando atrás apenas de Pernambuco e Ceará. Em quilogramas, o estado é o 4º maior produtor da região, sendo ultrapassado também pela Bahia.Alagoas ocupa o 10º lugar nacional na produção do pescado. O desempenho do estado é semelhante no quantitativo das produções de tambaqui (9º lugar) e camarão (8º lugar nacional).O município de Piranhas responde por mais de 30% de toda a produção de tilápia do estado. Na sequência, aparecem Coruripe e União dos Palmares. Coité do Nóia, Arapiraca e Limoeiro de Anadia, nessa ordem, são os maiores produtores de camarão. E União dos Palmares, Teotônio Vilela e Coruripe lideram o cultivo de tambaqui.
Mais sobre a pesquisa
A PPM investiga, anualmente, informações sobre os principais efetivos das espécies animais criadas e as produções de leite de vaca, ovos de galinha e de codorna, mel de abelha, lã bruta, casulos do bicho-da-seda, além da aquicultura (piscicultura, carcinicultura e malacocultura), constituindo, assim, a principal fonte de estatísticas desse segmento econômico. A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.
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