Economia
Crédito imobiliário com garantia de imóvel continua inacessível para quem mais precisa

Há 15 anos atuando no mercado imobiliário, Kenny Wilson Bernardo da Silva, Delegado do Creci/AL na Rota Ecológica, acompanhOU de perto as alegrias e as frustrações de milhares de brasileiros em busca de realizar o sonho da casa própria ou de reorganizar suas finanças por meio de operações de crédito. Nesse tempo, percebeu uma lacuna gritante entre a realidade vivida pela população e as exigências do sistema financeiro.
Hoje, o crédito imobiliário com garantia de imóvel, uma das modalidades mais seguras para bancos e instituições financeiras, continua inacessível para quem mais precisa. A razão? A burocracia e a exclusão automática de qualquer cidadão que esteja com o nome negativado. Em outras palavras: justamente aqueles que buscam reorganizar sua vida financeira são os primeiros a serem barrados, mesmo quando oferecem como garantia um bem sólido, de valor reconhecido e registrado.
Segundo ele, esse contrassenso gera efeitos perversos. Muitos proprietários de imóveis endividados só conseguem vender seus bens à vista, pois a negativação os impede de viabilizar uma operação de financiamento para terceiros. Perdem eles, que são forçados a aceitar propostas menores; perde o comprador, que poderia ter acesso ao crédito; e perde a economia, que deixa de girar em um setor essencial como o imobiliário.
O delegado distrital defende, que não se trata de liberar crédito de forma irresponsável, mas de estabelecer regras claras e justas, em que o risco seja avaliado com base na capacidade de pagamento e na garantia oferecida, e não em uma anotação de inadimplência que, muitas vezes, é apenas reflexo de um período de crise ou desemprego. Segundo ele, a burocracia não pode continuar sendo uma barreira para a reorganização financeira das famílias brasileiras.
``Precisamos de um marco legal que dê ao cidadão a chance de se reerguer, de negociar suas dívidas e de colocar seu patrimônio a serviço da própria recuperação. Isso é justiça social, é economia saudável e é dignidade. O mercado imobiliário é um dos pilares do desenvolvimento nacional. Quando ele se move, toda a economia se movimenta junto: comércio, serviços, empregos e arrecadação pública. Por isso, encaro este debate não apenas como profissional da área, mas como cidadão comprometido com o futuro do meu Estado e do meu país. É tempo de abrir as portas do crédito de forma inteligente e inclusiva. A sociedade brasileira merece essa oportunidade´´, finaliza ele.
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