Economia

Craíbas bate recorde com R$ 9,1 milhões em arrecadação

Todos os municípios de Alagoas juntos somam apenas R$ 3,3 milhões, de janeiro a junho deste ano, segundo ANM

Por Davi Salsa / Sucursal Arapiraca 16/07/2025 09h28 - Atualizado em 16/07/2025 12h36
Craíbas bate recorde com R$ 9,1 milhões em arrecadação
No ano de 2024, de janeiro a dezembro, Alagoas recebeu R$ 24 milhões de royalties de mineração, sendo 75% desse valor só de Craíbas - Foto: Assessoria

O município de Craíbas, localizado na Região Agreste, continua sendo o maior arrecadador de royalties de mineração em Alagoas.

Segundo informações do site da Agência Nacional de Mineração (ANM), a Prefeitura de Craíbas recebeu, de janeiro e junho deste ano de 2025, repasses no valor de R$ 9.108.021,65.

Em termos de comparação, todos os municípios de Alagoas juntos, inclusive a capital Maceió, receberam R$ 3.358.498,95 no período.

Ainda de acordo com os dados da ANM, o estado de Alagoas, incluindo o município de Craíbas, arrecadou R$ 12.466.520,60 de janeiro a junho deste ano.
No ano de 2024, de janeiro a dezembro, o estado de Alagoas recebeu R$ 24.058.192,82 de royalties de mineração.

Desse montante, Craíbas recebeu R$ 18.359.985,86, o que corresponde a 75% de toda a arrecadação do estado.

O município agrestino tem no minério de cobre a sua principal fonte de arrecadação econômica. Desde o ano de 2021 que a atividade mineradora explora a extração de jazidas de cobre, ferro e ouro no Povoado Serrote da Laje, na área rural de Craíbas.

Além do cobre, ferro e ouro, os recursos da CFEM em Alagoas são as fontes de água mineral, granito e outros produtos.

Os recursos são destinados a municípios afetados diretamente pela atividade mineral, que incluem aqueles com ferrovias, estruturas, minerodutos e atividades portuárias associadas à mineração.

A medida busca compensar os efeitos da exploração mineral e apoiar o desenvolvimento local.

A distribuição é muito importante para as administrações municipais dos entes afetados, que poderão utilizar os recursos nas políticas públicas.

Em março deste ano, o grupo chinês Baiyn Nonferrous adquiriu a planta da Mineração Vale Verde (MVV), em negociação de R$ 420 milhões de dólares, ou seja, mais de R$ 2,3 bilhões de reais.

A mina com lavra a céu aberto tem reservas estimadas em 52,7 milhões de toneladas de minério de cobre, ferro e ouro.

O projeto tem previsão de 14 anos de atividades, mas o período de atividades para extração de minérios pode ser ampliado para 20 anos, conforme consta no site da Agência Nacional de Mineração (ANM).