Economia

FIEA critica tarifa dos EUA e alerta prejuízos à indústria alagoana

Federação das Indústrias de Alagoas se alinha à CNI e cobra diálogo diplomático para proteger exportações e empregos, especialmente no setor sucroalcooleiro

Por Tribuna Hoje com agências 12/07/2025 10h04
FIEA critica tarifa dos EUA e alerta prejuízos à indústria alagoana
Presidente da FIEA, José Carlos Lyra de Andrade, defende esforços diplomáticos para reverter tarifa que ameaça exportações de açúcar alagoano aos EUA - Foto: Divulgação

A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) se posicionou de forma veemente contra a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Em nota divulgada nesta semana, a entidade manifestou total concordância com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), considerando a medida injustificável do ponto de vista econômico e comercial.

Segundo a FIEA, a nova política tarifária compromete o ambiente de negócios e representa uma ameaça direta à indústria alagoana, com destaque para o setor sucroalcooleiro. Dados do Observatório da Indústria revelam que, em 2024, os EUA foram o terceiro principal destino das exportações do estado, movimentando mais de US$ 61 milhões. Em 2025, apenas o município de São Miguel dos Campos foi responsável por mais de 90% das exportações de açúcar para o mercado norte-americano.

O presidente da FIEA, José Carlos Lyra de Andrade, reforçou a importância da manutenção de uma relação estratégica entre Brasil e Estados Unidos. “É essencial que o diálogo diplomático e comercial prevaleça, garantindo estabilidade para os investimentos e proteção aos empregos gerados pela indústria nacional. Alagoas não pode pagar a conta por uma decisão arbitrária”, afirmou.

A medida norte-americana pode ter efeitos em cadeia, afetando o desempenho das exportações e a sustentabilidade de milhares de postos de trabalho em território alagoano. Diante disso, a FIEA destaca a necessidade de atuação firme do governo brasileiro para reverter a tarifa e preservar a competitividade dos produtos nacionais no cenário internacional.