Dezoito empreendimentos de economia solidária representaram Alagoas no I Festival Nordestino de Economia Solidária, em Salvador, na Bahia. Com apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics). Durante seis dias, esses os grupos movimentaram mais de R$ 35 mil, destacando a força da agricultura familiar, do artesanato e da sociobiodiversidade alagoana.

A participação no evento foi viabilizada pela Secretaria Executiva do Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária da Sedics, que articulou, em parceria com o Fórum Alagoano de Economia Solidária, a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e a Federação das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária, a seleção das iniciativas. Parte das vagas também foi preenchida por meio de chamada pública, democratizando o acesso de empreendimentos de diversas regiões do estado.

O apoio Governo proporcionou a participação de empreendimentos de vários locais do Estado, entre eles, a Associação das Artesãs do Pontal de Coruripe, a Cooperativa dos Produtores do Agronegócio da Região Serrana de Alagoas (Coopas), a Associação do Artesanato de Mangabeira (Aman), a Cooperativa dos Pequenos Agricultores Organizados (Cooperagro), a Associação das Artesãs Mulheres, o Grupo Indígena Arawã, a Associação dos Artesãos de Feliz Deserto, a Associação das Doceiras e Artesãs de Palmeira dos Índios, a Associação dos Agricultores Familiares de Óleo de Coco Super Bonita, e a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Remanescentes Quilombolas do Baixo São Francisco

Para o secretário executivo do Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária, Júnior Bentz, a iniciativa marca um importante avanço na consolidação de políticas públicas para o setor. “O objetivo é justamente integrar toda a expressão da economia solidária no Nordeste, mostrando que há uma unidade na atuação para o fortalecimento do setor. Essa troca de cultura e saberes é o que faz com que o Nordeste possa construir uma nova forma de fazer economia”, destacou.

A secretária Alice Beltrão também destacou a importância do evento para o fortalecimento dos empreendimentos alagoanos e reafirmou o compromisso do Governo com o segmento.

“A participação de Alagoas no Festival é reflexo do nosso compromisso com políticas públicas inclusivas e sustentáveis. A economia solidária é uma força viva que gera renda, autonomia e dignidade para milhares de alagoanos e alagoanas. Seguiremos trabalhando para ampliar as oportunidades para quem produz com responsabilidade social e amor pelo que faz”, afirmou.

Além da feira de comercialização, o Festival contou com painéis temáticos, atividades culturais, rodadas de negócios e espaços de diálogo entre gestores públicos, entidades de apoio e empreendedores de toda a região Nordeste.

Voz das cooperativas

Do lado dos pequenos empreendedores, Christiane Araújo, representante da Coopal, destacou o papel do Governo de Alagoas e da Sedics no fortalecimento da economia solidária. “O nosso Estado está de parabéns. Por onde passo com a nossa cooperativa, tenho o prazer de dizer que somos de Alagoas, porque o Governo, por meio da Sedics, só tem nos ajudado”, declarou.

Para ela, participar do Festival foi uma oportunidade única de visibilidade, comercialização e aprendizado. “Foi uma troca de experiências com outros produtores. Aprendemos a valorizar nossos produtos e vendemos tudo! Fico muito feliz em poder representar nosso estado por esse mundo afora. Viva a agricultura familiar e a economia solidária!”, celebrou.

A participação de Alagoas em eventos como este é estratégica. Ao mesmo tempo em que amplia a visibilidade das iniciativas locais, também fortalece o intercâmbio de saberes e estimula a valorização da produção coletiva. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), 71,2% dos estabelecimentos rurais associados a cooperativas pertencem à agricultura familiar, um setor fundamental para o desenvolvimento sustentável do país.