Economia
Preço da Ceia de Natal em Alagoas sobe em média 28,5%
Refeição completa para data festiva, incluindo sobremesa e com bebidas não alcoólicas, pode variar de R$ 600 a R$ 1.800
Os consumidores alagoanos precisam pesquisar muito antes de colocarem os produtos típicos da ceia do próximo dia 24 no carrinho do supermercado. Com a elevação nos preços dos itens alimentícios, a refeição pode se tornar indigesta à véspera do Natal. Alguns produtos tiveram acréscimo de até 34,3% neste final de ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. O aumento médio dos produtos chega aos 28,5, em relação ao ano passado.
Você já calculou quanto vai gastar na sua ceia de Natal para receber familiares e amigos em uma das datas mais significativas do ano? De acordo com uma das maiores redes de supermercado da capital, a ceia completa, incluindo sobremesa e com bebidas não alcóolicas, pode variar de R$ 600,00 para quatro pessoas a até R$ 1.800 para o mesmo grupo de pessoas. Marcas e qualidade dos itens explicam a diferença de valores.
O novo monitoramento dos valores dos itens da cesta natalina, realizado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções na gestão da cadeia de consumo, aponta um incremento no preço médio de produtos como o azeite (34,3%), arroz (28,5%) e até o panetone (5,4%).
O consumidor tem sentido no bolso o preço mais elevado das principais proteínas utilizadas nas festas de fim de ano. O valor do bacalhau, por exemplo, cresceu 22,5% (saindo de R$ 100,94, em dezembro de 2023, para R$ 123,66 em outubro deste ano).
Logo atrás, aparece o frango, tipo de ave mais requisitada para compor a ceia, com variação de +22,2% (de R$ 20,55 para R$ 25,11). A categoria de suínos subiu 9,8% (de R$ 30,63 para R$ 33,64).
Os líquidos também apresentaram elevações nos preços: o suco pronto sofreu reajuste de 16,4%, enquanto o refrigerante, de 15%. Bebidas alcoólicas, como a cerveja, saltou 14,4%, ao passo que o vinho, 3,1%.
De todos os produtos da cesta, o único que teve retração no preço foi o suco concentrado (-21%). O produto custava R$ 22,54 em dezembro do ano passado e caiu para R$ 17,51 em outubro de 2024.
Uma alternativa para garantir a freguesia é associar o produto natalino a alguma promoção especifica como a distribuição de brindes. É o que faz a empresa em que a promotora de vendas Maricélia da Conceição trabalha.
Ao comprar dois produtos da marca, o cliente ganha uma bolsa térmica.
Queijo do reino chega aos R$ 139 e preço do azeite de oliva salta a R$ 84,86
Um dos itens queridinhos da ceia de Natal, o queijo do reino, cujo quilo custa R$ 139,00, encheu os olhos da dona de casa Sueli Dorvilé. Ela não abre mão de consumir o produto, mesmo que economize em outros itens.
O tradicional peru, o indispensável panetone, as frutas secas que dão sofisticação à mesa e o brinde com o vinho são alguns dos produtos obrigatórios.
Salgados, sobremesa, aperitivos, o famoso queijo do reino e o azeite para regar o bacalhau ajudam e encarecer a conta no supermercado.
Para driblar as variações de preços, os supermercados estão preparando kits de presentes personalizados. Os preços variam de R$ 60,00 o combo com panetone, vinho e chocolate ao investimento de R$ 700,00, com duas dezenas de mercadorias, inclusive, a cesta de vime.
Para os economistas, o preço dos produtos da cesta natalina terá aumento significativo em 2024 devido aos impactos climáticos e riscos inflacionários.
As maiores variações aconteceram no preço médio do litro do azeite de oliva, que saltou de R$ 84,86 para R$ 114,00 no período, e do arroz, que subiu de R$ 10,64 para R$ 13,70. Já a batata inglesa teve alta de 23,2% (de R$ 7,37 para R$ 9,08) e a maionese aumentou 14,3% (de R$ 27,78 para R$ 31,76).
Na avaliação do economista Fábio Leão, de fato, os gastos natalinos estão sim mais caros que no ano passado.
“Infelizmente, os produtos vêm subindo de preço em decorrência de vários acontecimentos na economia mundial e nacional. Em nível internacional, continuamos com os problemas climáticos na Europa, onde a seca ainda maltrata plantações de azeitona impactando no preço do produto e, principalmente, no preço do azeite, que está elevadíssimo (em maio o aumento dos preços chegou a 50% em relação a 2023)”, explicou.
O economista completou que, no Brasil, a forte estiagem também impactou recentemente no preço das carnes (8%), alimentação fora do lar (1,3% apenas em novembro) e transporte aéreo (aumento de mais de 20% em novembro).
“Sobre as cestas natalinas, a média de aumento nos preços está em 9% (variando entre 7,7% e 9%, a depender da região do país). Os produtos que mais impactam neste aumento são o azeite e os produtos importados, por causa da elevação da cotação do câmbio”, detalhou.
De acordo com o economista, produtos como vinhos, queijos, espumantes, algumas frutas cristalizadas, estão todos mais caros.
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