Economia
13º: aproveitar hoje ou planejar o amanhã?
Professor diz que prioridade é entender que salário não é bonificação, mas sim direito garantido pela legislação trabalhista
O fim de ano traz, além das luzes de Natal, um dos benefícios mais queridos dos trabalhadores CLT (contratados no regime celetista): o 13º salário, que deve ser utilizado buscando o equilíbrio entre o prazer momentâneo de hoje e a conquista do amanhã.
Alex Leite, professor de Ciências Contábeis da Uninassau, enfatizou durante entrevista ao TH, canal Tribuna Hoje no Youtube, que o primeiro de tudo, é entender que o 13º não é uma bonificação, mas sim um direito garantido por lei, que visa compensar a renda do trabalhador ao longo do ano. Isso porque, na criação da legislação, sancionada em 1962, considerou-se as 52 semanas que existem em um ano. Ao dividir esse número por quatro (a quantidade de semanas que existem em um mês), chega-se ao resultado de 13 – e não 12.
“O décimo terceiro é proporcional aos meses trabalhados, se você vai receber os 12/12 avos. Sem problema nenhum. Mas se por um acaso em 2024 iniciou uma atividade numa empresa em março, já perdeu janeiro e fevereiro, então só vai ter 10/12 avos, ou seja, o trabalhador recebe proporcional no final do ano aos meses que atuou”, disse.
O docente ressaltou que o pagamento do 13º salário é proporcional ao período trabalhado. “O valor é calculado dividindo o salário total (bruto) por 12 e multiplicando pelo número de meses trabalhados no ano”, detalhou.
Ele disse que além de saber como calcular o 13º salário, é preciso usar o montante de maneira inteligente – e sem extremismos. Neste sentido, Alex Leite, defende que nem todo gasto precisa ser um vilão.
Leite citou que com o 13º salário, é possível fazer compras que tragam valor duradouro, sem comprometer o planejamento financeiro. “Esse gasto consciente pode envolver, por exemplo, a renovação de um item essencial, como um celular ou um eletrodoméstico que já está defasado e impacta sua produtividade. Compras assim têm impacto direto na qualidade de vida, facilitando o dia a dia e, em muitos casos, gerando economia a longo prazo”.
Contudo, se o futuro financeiro é prioridade para quem recebeu o 13º, investi-lo é o caminho mais estratégico. Alex relembrou que investir não é apenas guardar o dinheiro, mas sim fazê-lo trabalhar para você. “É possível iniciar mesmo com um valor pontual, como o 13º, gerar uma renda que, aos poucos, pode crescer e se tornar uma base sólida para outras metas financeiras”, enfatizou.
O professor elencou algumas dicas para orientar o uso do 13º salário, equilibrando gastos e investimentos para garantir tanto satisfação imediata quanto benefícios futuros.
Para especialista, o 13º salário representa uma oportunidade única para milhões de brasileiros. Com o dinheiro, é possível reequilibrar as finanças ou realizar planejamentos importantes. Em 2024, a injeção de R$ 321,4 bilhões na economia, segundo o Dieese, movimentará setores variados e pode ser um alívio para trabalhadores e aposentados.
Confira a entrevista completa no canal Tribuna Hoje no Youtube 👇
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