Economia

Workshop promovido pela Federação das Indústrias discute sobre descarbonização na indústria sucroalcooleira

Presidente da Fiea, José Carlos Lyra, afirmou que a descarbonização gera ganhos ambientais

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte 04/11/2024 16h15 - Atualizado em 04/11/2024 22h06
Workshop promovido pela Federação das Indústrias discute sobre descarbonização na indústria sucroalcooleira
Workshop sobre descarbonização no setor industrial aconteceu nesta segunda-feira (4) - Foto: Edilson Omena

Aconteceu na manhã desta segunda-feira (4), no auditório da Casa da Indústria, um importante workshop promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, em parceria com o Senai e o Sindaçúcar, e apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, que discutiu inovações com o setor sucroalcooleiro sobre a descarbonização da mobilidade. A conclusão do evento é que ao investir na descarbonização, o setor sucroalcooleiro alagoano não somente contribui com o meio ambiente, como também pode gerar novos negócios, já que amplia a gama de produtos e de mercados.

Durante a abertura do “1º Workshop Sucroalcooleiro de Alagoas para Descarbonização da Mobilidade”, o presidente da Fiea, José Carlos Lyra, explicou que o objetivo da ação é mapear projetos e oportunidades visando à descarbonização, com foco na mobilidade urbana, envolvendo um dos principais segmentos da economia alagoana. "A palavra de ordem na Indústria é ESG (Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa), descarbonização, racionalização do uso de energia e economia circular. Então, nós trouxemos uma equipe do Senai Cimatec para fornecer subsídios ao setor de forma que Alagoas se torne um exemplo entre os estados açucareiros do Brasil”, afirmou o industrial.

Presidente da Fiea, José Carlos Lyra (Foto: Edilson Omena)

Com o conhecimento trazido para o estado, por meio do workshop, o setor sucroalcooleiro alagoano tem grande potencial para avançar na descarbonização, destacou o presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério. “Nós produzimos etanol, temos potencial para produzir biogás, temos potencial para produzir hidrogênio, então, precisava que houvesse esse workshop para a gente uniformizar ações e potencialidades", disse. O empresário ressaltou ainda que a descarbonização é benéfica em vários sentidos. “Quando você apresenta novos mercados para quem está produzindo, é tudo que o empresário quer ouvir. Além do que ele já faz, surgem novos mercados, mercados com valor agregado muito mais excelente".


Durante o evento uma equipe do Senai Cimatec apresentou para representantes de usinas alagoanas os caminhos efetivos que a Indústria deve seguir para contribuir com a descarbonização da mobilidade urbana. Presente no workshop, o pesquisador Gerhardt Ett, do Senai Cimatec, afirmou que a atuação junto ao setor sucroalcooleiro é um horizonte para que outros setores possam também se envolver nessa temática. O etanol, segundo ele, é uma importante contribuição do setor sucroalcooleiro para o meio ambiente, porém, isso pode ser ampliado.

Pesquisador da Senai Cimatec, Gerhardt Ett (Foto: Edilson Omena)

O gerente de Novos Negócios da unidade, Silmar Baptista, explica que existem várias linhas de fomento para descarbonização que atendem a projetos de pequeno, médio e grande portes. Na palestra, ele mostrou as novas tecnologias do setor e algumas oportunidades de projetos que podem ser viabilizados por meio da busca de fomento. “O que a gente precisa agora são ideias boas, projetos bons, obviamente, que tragam resultado para a empresa, para o estado e para o país”, disse ele, ao revelar que a parceria das entidades do setor produtivo traz inovação para Alagoas.

O workshop teve ainda a participação de representantes do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Maceió Investe. Yuri Pontes, presidente da Maceió Investe, diz que a temática é relevante e vanguardista. Ele assegurou apoio aos projetos que venham a surgir no caminho da descarbonização. “Isso tem uma convergência 100% com a Maceió Investe, porque é um dos nossos pilares de atuação, é tentar fazer geração econômica através da economia verde, da economia azul, ou seja, uma economia limpa, mostrando que tem como se gerar riqueza a partir de uma ação sustentável”, concluiu.