Economia
Nordeste gera 31% dos empregos criados em setembro no Brasil e AL tem números expressivos
Região ficou com o segundo melhor desempenho, perdendo apenas para o Sudeste, que respondeu por, aproximadamente, 40% dos novos postos de trabalho
A Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene fez um levantamento sobre a participação do Nordeste na criação de empregos em setembro no Brasil, utilizando como base os dados divulgados esta semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. A Região gerou 77.175 empregos, o que equivale a 31% das 247.818 vagas criadas no País, ficando atrás apenas do Sudeste, que respondeu por aproximadamente 40% dos novos postos de trabalho. Ao levar em consideração o acumulado do ano, o Nordeste apresentou um saldo de 338.092 empregos gerados, contribuindo com, aproximadamente, 17% do acumulado no País. "Esses dados representam um número superior a 37 mil empregos líquidos a mais por mês, em média", enfatiza Miguel Vieira de Araújo, economista da Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene.
Os estados nordestinos que apresentaram números mais expressivos foram Pernambuco, Alagoas e Bahia, com 17.851 (23%), 15.420 (20%) e 14.886 (19%) na criação de novos postos de trabalho. "Chama a atenção o desempenho do setor industrial em Alagoas, no qual, tanto em setembro quanto em agosto foi o grande responsável pelo saldo de empregos do estado. Em agosto, a indústria representou 80,6% dos novos postos de trabalho e, em setembro, foi responsável por 63,7% dos novos empregos de Alagoas", frisou Miguel. Os estados que vêm na sequência são Ceará (9.522), Sergipe (5.658), Rio Grande do Norte (4.981), Maranhão (4.237) e Paraíba (3.631), que, juntos, representam em torno de 36% dos empregos gerados no Nordeste. Piauí respondeu por um acréscimo de 989 postos de trabalho.
Foi realizada, ainda, uma avaliação setorial, na qual se destacaram serviços e indústria, que responderam, respectivamente, por 26.792 (34,7%) e 25.417 (32,9%) novos empregos regionais. No setor de serviços, Bahia, Pernambuco e Ceará responderam por 61% do saldo de postos de trabalho, ao gerarem 7.634, 4.823 e 3.908 empregos, respectivamente. Segundo Miguel, "em termos proporcionais, o destaque ficou com os estados do Maranhão, Piauí e Bahia, nos quais o setor de serviços representou, respectivamente, 54,4%, 51,7% e 51,3%, respectivamente, do saldo de novos empregos".
Para o Maranhão, o subsetor de "atividades administrativas e serviços complementares" foi responsável por 38,2% dos novos postos de trabalho, enquanto no Piauí, o destaque foi o subsetor de "alojamento e alimentação", com 34,5% dos novos empregos. "Ao contrário do mês passado, no qual o desempenho do setor de serviços não foi potencializado pelo subsetor de "administração pública, defesa e seguridade social", esse subsetor apresentou um saldo de 7.334 novos postos de trabalho no mês de setembro, o equivalente a cerca de 27% do saldo do setor de serviços", pontua o economista.
O setor industrial se sobressaiu em Alagoas (9.820 empregos) e Pernambuco (6.786 postos de trabalho), correspondendo a 38,64% e a 26,7% das novas ocupações, respectivamente. A indústria de transformação foi responsável por 93% desses novos postos de trabalho no setor industrial, com destaque para Alagoas, onde 63,7% do total de empregos líquidos foram relativos a este setor, dos quais 61,9% ficaram com a indústria de transformação. Em Sergipe e Pernambuco, 38,1% e 37,1% dos novos empregos, respectivamente, também foram devidos à Indústria de Transformação.
O setor de comércio, responsável por 10.919 novos postos de trabalho (equivalente a 14% do saldo da região), foi destaque, em valores absolutos, na Bahia, com 3.301 novos empregos. Na sequência, aparecem Ceará (1.828), Pernambuco (1.528) e Maranhão (1.320). Em termos proporcionais ao saldo de cada estado, Piauí e Maranhão aparecem com o setor de comércio sendo responsável por 53,4% e 31,2% do saldo de postos de trabalho, respectivamente. Com relação ao setor agropecuário, que respondeu por 7.665 novos empregos no Nordeste (9,9% do saldo da região), destacaram-se, em valores absolutos, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, com 3.415, 1.587 e 1.280 novas ocupações, respectivamente.
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