Economia

Famílias atípicas empreendem para criar filhos

São centenas de mães que possuem filhos com necessidades especiais ou que enfrentam desafios na criação

Por Tribuna Hoje 29/05/2024 09h05
Famílias atípicas empreendem para criar filhos
Luana Rodrigues idealizou projeto Famílias atípicas empreendedoras - Foto: Edilson Omena

O projeto ‘Famílias atípicas empreendedoras de Alagoas’ vem ganhando forças após sua criação e a partir da iniciativa transforma os desafios em oportunidades de sucesso. São centenas de mães atípicas, que têm filhos com necessidades especiais ou que enfrentam desafios únicos na criação deles, que enxergam no empreendedorismo a saída para a criação dos filhos. Elas se reúnem e vendem variados produtos, desde comidas artesanais, acessórios de inclusão, roupas, cosméticos, entre outros itens.

Luana Rodrigues, idealizadora do projeto, que é confeiteira, deficiente visual, e tem 5 filhos, quatro autistas e um com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), detalhou à jornalista Ana Paula Omena, como surgiu a ideia em entrevista ao TH desta semana.

Ela contou que muitas portas já se abriram com a criação do projeto e o grupo tem bastante mães atípicas atualmente, são famílias atípicas que viram no empreendedorismo uma saída para sobreviver como única fonte de renda ou aumento dela. Na feira são vendidos produtos variados, de calçados, artesanato, pães, acessórios, roupas, produtos PcD (Pessoa com Deficiência), entre outros.

“Foi em um momento difícil de minha vida, maio de 2023, e ouvindo relatos de outras mães atípicas, que veio a inspiração de Deus para começar a tirar do papel o projeto das Famílias Atípicas Empreendedoras de Alagoas, mas foi somente em agosto do ano passado, que a ideia foi colocada em prática e assim, surgiu a abertura de um grupo de negócios do WhatsApp para expor produtos nas redes sociais ir divulgando e ao mesmo tempo estimulando umas às outras e se ajudando”, contou.

Atualmente são 260 famílias que empreendem dessa forma em Alagoas, que trocam experiências, compram produtos uns dos outros como forma de incentivo e desenvolvimento econômico. “Tem produtos para todos os bolsos, as famílias atípicas ofertam nas feiras da capital alagoana, são na maioria filhos atípicos de mães solos já que 78% dos pais não ficam. Então, a causa vai além do dinheiro, por isso que a logomarca do projeto é um coração dentro de uma sacola, porque quando se compra aposta naquela família atípica, não é comprar um produto é um ato de solidariedade”, destacou.

Assista a entrevista completa no canal Tribuna Hoje no YouTube.