Economia

Banco do Nordeste estimula agricultura de baixo carbono em Alagoas

BNB oferece condições especiais para estes projetos com prazos de pagamento que podem chegar a 20 anos

Por Tribuna Independente 01/05/2024 09h11 - Atualizado em 01/05/2024 09h13
Banco do Nordeste estimula agricultura de baixo carbono em Alagoas
Daniel Diniz: BNB incentiva projetos do agronegócio sustentável - Foto: Edilson Omena

Com linha de crédito específica para financiar projetos de agricultura de baixo carbono, o Banco do Nordeste estimula a prática no setor rural alagoano. Daniel Diniz, Gerente Executivo Estadual da célula de negócios rurais do BNB, explicou durante entrevista ao TH, que a instituição oferece condições especiais para projetos dessa natureza, com prazos de pagamento que podem chegar a 20 anos, e está divulgando as vantagens com parceiros e produtores rurais. Além disso, o BNB integra a Câmara Setorial do Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC +), coordenada pela Secretaria Estadual de Agricultura de Alagoas.

“A linha FNE - Agricultura de Baixo Carbono utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e foi lançada recentemente como mais uma ferramenta para desenvolver esse segmento”, frisou o gerente.

Diniz ressaltou que incentivar projetos que promovam o agronegócio sustentável é um dos direcionamentos da instituição, que também atua fortemente no financiamento à transição energética da região, para uma matriz de energias renováveis, além de promover outras ações da pauta ambiental.

No caso da Câmara Setorial que trata do tema, em Alagoas, o banco é membro do grupo de trabalho responsável por articulação institucional e incentivos financeiros, ao lado de outros órgãos parceiros.

Financiamento

Daniel Diniz esclareceu que a partir do FNE, a principal fonte de recursos do BNB, o banco destinou essa linha de crédito para o financiamento da recuperação de pastagens degradadas, sistema de integração lavoura-pecuária, sistemas agroflorestais e produção agropecuária orgânica, entre outras atividades com baixo impacto ambiental que minimizem as emissões de gases.

O gerente salientou que o crédito também pode ser utilizado para adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental, inclusive para recuperação da reserva legal, áreas de preservação permanente, recuperação de áreas degradadas e implantação e melhoramento de planos de manejo florestal sustentável.

Outra possibilidade de aplicação dos recursos é para implementação de sistemas de manejo de resíduos oriundos da produção animal para a geração de energia (biodigestores) e compostagem.

O crédito para agricultura de baixo carbono pode ser contratado por produtores, cooperativas e associações de trabalhadores rurais. No caso do miniprodutor até empresas de porte pequeno-médio, o limite do financiamento cobre até 100% do valor do projeto.

As mulheres produtoras rurais ou que estão à frente de empresas agropecuárias possuem ainda prazos mais alongados tanto para o pagamento do contrato de crédito, quanto para a carência.

Assista a entrevista completa no canal Tribuna Hoje no YouTube: