Economia
Chuvas causam perdas de 70% na produção de hortaliças em Arapiraca
Consumidor já sente no bolso efeitos do inverno rigoroso no Agreste

Maior produtor de hortaliças do estado de Alagoas, o município de Arapiraca contabiliza perdas de 70% nas lavouras de hortaliças e outras folhosas.
Os pequenos e médios produtores já sentem os efeitos das fortes chuvas que caem na região desde o mês de maio deste ano.
Os prejuízos são mais presentes lavouras de coentro, alface e outras folhosas. Por conta disso, o consumidor também sente no bolso os efeitos do inverno rigoroso no Agreste, com a queda na produção e o consequente aumento nos preços dos produtos.
Segundo o engenheiro-agrônomo e secretário de Desenvolvimento Rural de Arapiraca, Hibernon Cavalcante, as hortaliças ficam com as folhas frágeis devido ao excesso de água. Ele cita como exemplo a produção de coentro.
No início deste ano, o molho era vendido no Mercado Público Municipal ao preço médio de 0,70 centavos. No início deste mês de julho, o preço do molho chegou ao patamar de R$ 2,50, o que representa um aumento da ordem de 360%.
Até quem produz hortaliças por meio de estufas também amarga prejuízos. O engenheiro-agrônomo Edson Maruta faz constantes visitas em campo e constatou uma situação inusitada.
“Tem produtor com 70% das estufas danificas pela forte ventania. Outros agricultores não conseguiram trabalhar a terra devido ao excesso de umidade no solo”, relatou.
Milho e mandioca
Mas os prejuízos não ficam apenas nas lavouras de hortaliças. A produção de milho e mandioca também sofrem com os efeitos das fortes chuvas que caem em Arapiraca e cidades vizinhas.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, as perdas são elevadas. Em 2021, o município de Arapiraca registrou a produtividade média acima de seis mil quilos de milho por hectare, ou seja, mais de 100 sacas/ha.
Este ano, por conta das fortes chuvas, o índice de produtividade caiu drasticamente para 15 a 20 sacas por hectare.
Além do milho, outras culturas como a mandioca e o fumo também sofrem com o inverno rigoroso na região.
O excesso de umidade no solo está apodrecendo as raízes. E com o fumo acontece a mesma coisa. As folhas estão com excesso de umidade.
“Por conta disso, a secretaria está dando apoio técnico aos pequenos e médios produtores rurais, na busca de alternativas como o plantio conjugado, a exemplo de feijão de corda, entre outras ideias para minimizar as perdas dos agricultores em nosso município “, frisou Hibernon Cavalcante.
Dados climáticos revelam que, nos meses de maio e junho, foi registrada a marca de 1.000 milímetros de chuvas na região. Esse número representa o esperado de chuvas para o ano inteiro na região.
Hibernon Cavalcante revela ainda que, este ano , de maio até agora, dos 69 dias, 54 foram dias de chuvas.
“Choveu nesse período acima do normal para um ano todo. O volume foi superior a quatro vezes a necessidade das plantas. Essa anormalidade nunca aconteceu nos últimos cinquenta anos. O excesso, em muito , da água provoca dificuldade na existência e crescimento de todas as plantas”, acrescenta.
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