Economia
Medicamentos: preço pesa no bolso do alagoano
Consumidores de remédios de uso contínuo são os que mais sofrem; reajuste deste ano é o segundo maior desde 2005
O reajuste no preço dos medicamentos tem pesado no orçamento de muitas famílias em todo o país. Em abril deste ano, os medicamentos sofreram um reajuste de 10,89%, sendo acima da inflação registrada em 2021, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que representa a inflação oficial do país, ficou em 10,06%.
E quem depende de remédio de uso contínuo sente ainda mais esse aumento, como é o caso da alagoana aposentada Nadeja Lima, que gasta em média R$ 500 por mês com medicamentos de uso contínuo.
“Eu tomo remédio para o intestino, sistema nervoso, pressão alta e outros problemas que eu não estou lembrando agora. Tem remédio que custa R$ 130, outro R$ 60, aí eu acabo gastando quase meio salário. É um valor muito alto, nem todo mundo tem condições de gastar quase meio salário só com remédios”, contou.
Para tentar amenizar os gastos com os medicamentos, a aposentada disse que procura pelos descontos e programas de fidelidade. “Eu costumo fazer pesquisa de preço, sempre ir em mais de uma farmácia, pra ver se consigo economizar. Tem farmácia, por exemplo, em que o medicamento de R$ 130 eu consigo por R$ 110, sendo cadastrada nela. Ano passado, eu comprava esse remédio por R$ 90. Esse ano, é R$ 110 com desconto. Então, teve um aumento considerável, em todos os medicamentos, mas a gente que depende de remédio não tem saída, tem que comprar”, afirmou Nadeja Lima.
A dona de casa Mércia Maria sofre com problema de colesterol, necessitando também de uso contínuo de medicamento, e sentiu no bolso o aumento no preço dos remédios. “Todo mês eu tenho que comprar remédio, é uma despesa fixa, e todo ano é um aumento nos preços. Acho que esse ano o aumento foi maior do que no ano passado. Para tentar economizar, eu fiz meu cadastro na farmácia que tem no bairro em que eu moro e pego com um descontinho”, contou.
Conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o reajuste desse ano é o segundo maior aplicado desde 2005, perdendo apenas para o reajuste de 2016, que foi de 12,5%.
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