Economia

Preço do sururu dobra às vésperas do feriado de Páscoa

Em alguns pontos, item está sendo comercializado com valor superior ao do camarão; pescados em geral tiveram variação

Por Evellyn Pimentel 15/04/2022 09h36
Preço do sururu dobra às vésperas do feriado de Páscoa
Esta semana, sururu está sendo encontrado em mercados e feiras da capital com valor a partir de R$ 20 - Foto: Edilson Omena

O valor dos tradicionais itens do almoço do feriado de Páscoa teve um incremento considerável. No caso do sururu, por exemplo, alimento típico da mesa do alagoano neste período os preços variam até o dobro do que vinha sendo comercializado há semanas antes. Os pescados também sofreram variação de preços.

O comerciário Ezequiel Bittencourt conta que costuma comprar sururu e sempre acompanha os preços praticados nos mercados e feiras livres de Maceió, mas que se surpreendeu ao procurar o item para o feriado de Páscoa.

“Eu me assustei com o valor que encontrei, foi o dobro daquilo que sempre pago. Paguei R$ 20 num quilo de sururu onde normalmente chego a encontrar por R$ 10. Comprei camarão de R$ 25 o quilo e o peixe que sempre compro a R$ 8 está custando R$ 13,00. Eu acho um absurdo porque as pessoas aproveitam esse período para explorar os preços. Isso não é certo”, reclama.

A dona de casa Betânia de Lima precisou adaptar a lista de compras. Na parte alta da capital, o valor cobrado pelo quilo do sururu ultrapassa o do quilo de camarão pequeno. “No meu caso comprar sururu só uma vez no ano. Então não estava lembrada do quanto paguei no ano passado. Tive que optar em comprar menos, para não deixar de comprar. Mesmo assim a gente fica surpreso com os preços, tudo muito caro”, conta.

Segundo os comerciantes, houve aumento dos preços dos pescados o que tem influenciado no preço final ao consumidor. Mesmo assim, a procura tem sido grande nos mercados públicos e feiras livres da capital. Segundo a Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), que administra os locais de venda, a expectativa é receber 50 mil pessoas.

“A movimentação está intensa nos principais pontos de comercialização, como o Mercado da Produção, do Jacintinho, do Tabuleiro, no Benedito Bentes e também no Centro Pesqueiro. O fluxo de pessoas está dentro da nossa expectativa, quando comparado ao ano passado. Esperamos que circulem mais de 50 mil consumidores nestes locais até o final da Semana Santa”, explica a Semtabes.

Semtabes diz que órgãos estão atentos a práticas abusivas contra consumidor

Um levantamento realizado no início do mês pelo Procon Maceió mostra que a faixa de preços dos pescados no Mercado da Produção e no Centro Pesqueiro podem variar de R$ 14 até R$ 50, o quilo da tilápia, por exemplo.

“Os preços de mariscos e outros frutos do mar variam de produto a produto. O camarão, com casca, o sururu e o maçunim podem ser encontrados a partir de R$ 20, o quilo. Já o camarão, sem casca, pode chegar até R$ 120 o quilo. Entretanto a proximidade com o feriado e o aumento da procura influenciam nos valores”, aponta o Procon.

De acordo com o diretor de Abastecimento da Semtabes, Nivaldo Junior, os órgãos estão atentos a práticas abusivas contra o consumidor.

“Os preços variam de comerciante para comerciante, mas a maioria tem mantido preços atrativos para os consumidores. A Semtabes organizou a Operação Semana Santa, contando com o apoio de outras secretarias e órgãos municipais. Durante toda semana, reforçamos a segurança, a limpeza e as fiscalizações de bancas irregulares nos equipamentos públicos. Além disso, disponibilizamos balanças nos mercados e Centro Pesqueiro para que os consumidores possam conferir a quantidade do produto comprado. Caso haja alguma irregularidade, os clientes devem procurar os fiscais dos mercados”, comenta.