Economia

Correios tem lucro recorrente recorde de R$ 3,7 bilhões

A empresa apurou, ainda, uma evolução de 113% no indicador financeiro EBITDA

Por Correios 17/03/2022 16h15 - Atualizado em 17/03/2022 16h18
Correios tem lucro recorrente recorde de R$ 3,7 bilhões
Levantamento dos Correios - Foto: Divulgação

Os Correios fecharam o ano de 2021 com lucro recorrente histórico de R$ 3,7 bilhões, superando em 101% o valor apresentado em 2020, resultado positivo pelo terceiro ano consecutivo. A empresa apurou, ainda, uma evolução de 113% no indicador financeiro EBITDA (traduzida como Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ou seja, um saldo de R$ 3,1 bilhões.

Tratam-se dos melhores índices registrados nos últimos 22 anos. A curva ascendente apresentada nas demonstrações contábeis, em conjunto com os resultados expressivos anunciados em 2020 e 2021, reflete o êxito do projeto de recuperação financeira e de sustentabilidade econômica executados pela gestão dos Correios, sob a supervisão do Governo Federal.

Iniciada em junho de 2019, a gestão atual, liderada pelo presidente Floriano Peixoto, encontrou um cenário diferente em sua chegada aos Correios: a situação era crítica, com risco de dependência do Tesouro Nacional, o que poderia causar um passivo de R$ 14 bilhões à Administração Pública Federal. Assim, uma série de medidas estruturantes foram tomadas inicialmente, como ajustes no corpo diretivo da administração central e das superintendências estaduais, planejamento econômico para sanear a empresa nos seis meses seguintes, suspensão de contratos de consultoria, avaliação imediata das condições das diretorias, revisão dos maiores contratos, estreitamento do contato com órgãos federais (TCU, CGU, AGU, PGR, STF, STJ, PF E PRF) –com a participação direta do presidente, dentre outras.

Desta forma, após esse trabalho, os Correios, alinhados às ações de modernização e de readequação às exigências do mercado, têm conseguido sinalizar uma importante melhora em sua saúde financeira e, também, a retomada de altos padrões operacionais. Para alcançar esses resultados, um extenso e complexo trabalho tem sido desenvolvido pela atual gestão, em diferentes frentes.

As ações incluem revisão das linhas de negócios, racionalização de custos, renovação dos canais de atendimento, planejamento integrado da área de negócios e operações, melhoria da qualidade operacional, aumento da receita de vendas, tornando possível realizar maiores investimentos.

Para chegar a esse resultado, foi realizada a adaptação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados refletindo o praticado atualmente pelo mercado, dentro do que estabelece a CLT, propiciando em economia de cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano, o que representava aproximadamente 6% de toda a despesa da estatal. Destaca-se, ainda, dois Planos de Demissão Incentivada efetuados durante a gestão que, até o ano de 2021, representa uma economia de R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento.

Também foi aprimorada a parceria com os órgãos de controle das instituições públicas. Paralelo a isso, a empresa também tem adotado padrões rígidos de compliance, que se estendem às suas subsidiárias, como o Postalis e a Postal Saúde. O relacionamento com esses entes - que estão sendo geridos de forma competente e profissional-, segue pautado pela transparência e probidade. A empresa zerou o déficit de R$ 600 milhões com a operadora do plano de saúde, que vinha perdurando desde 2019. Foi regularizado o déficit com a operadora, restando no saldo apenas os valores ainda em análise/faturamento. A situação impactava diretamente no atendimento aos empregados, que sofriam com limitações na rede credenciada.

Nesse período, o Postalis teve os Conselhos Deliberativo e Fiscal restabelecidos, após dois anos de intervenção federal. O trabalho foi realizado em conjunto com o instituto de previdência para atualizar o passivo da entidade. Uma série de ações estão colaborando com a retomada da credibilidade e a recuperação de investimentos mal sucedidos.

A empresa realizou, em 2021, seu maior investimento em equipamentos de segurança, superando o valor investido entre 2016 e 2020, alcançando um total de R$ 79,8 milhões. Somente nos últimos três anos, foram mais de R$ 124 milhões investidos para reduzir vulnerabilidades e ampliar o grau de proteção em todo o fluxo postal. Esses recursos, somados aos R$ 382 milhões destinados à contratação de serviços de segurança nesse mesmo período, vieram potencializar as ações de combate à ilicitudes, corrupção e fraudes em âmbito interno, como também reforçar os dispositivos que garantam a segurança dos empregados, das unidades e das rotinas operacionais executadas pelos Correios.

A parceria com órgãos de segurança pública e de fiscalização é outra estratégia fundamental para atuação integrada na prevenção e repressão de ilícitos e se constitui em êxito das investidas da estatal. O compartilhamento de informações e a ação conjunta na identificação e na mitigação de possíveis irregularidades com outras instituições são contínuas e rotineiras, tais como Polícia Federal, Receita Federal (RFB), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Exército Brasileiro e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Os Correios seguem ajudando a impulsionar a economia nacional. Com o aprimoramento e o lançamento de novas plataformas digitais, a empresa contabilizou recordes no fluxo de encomendas. Na última Black Friday, 18,9 milhões de encomendas foram recebidas, sendo 3,4 milhões somente em 1 dia. Durante as maiores datas promocionais do comércio eletrônico brasileiro e internacional (Black Friday e Singles Day), o crescimento de volumes de encomendas foi superior a 40%, quando comparado aos mesmos períodos de 2020. Os números confirmam o papel estratégico da estatal para o segmento logístico e reforçam a importância de a sociedade dispor de uma empresa financeiramente viável e robusta para absorver, com qualidade, a alta demanda.

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O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, comentou a trajetória percorrida pela empresa para atingir esses níveis de sustentabilidade e qualidade operacional.

“Superada a primeira fase do planejamento elaborado para a estatal, os resultados auferidos corroboram a eficácia das estratégias adotadas pela gestão, pois, pelo segundo ano consecutivo, a empresa registrou lucro recorde. Embora a saúde financeira da estatal, hoje em melhor situação que a verificada há três anos, ainda não tenha atingido o patamar necessário para garantir a perenidade dos negócios, é possível afirmar que o alcance de taxas de crescimento equivalentes ou superiores às do mercado se dará com mais rapidez”, disse o dirigente.

O horizonte é promissor para os Correios: dentre os números projetados para os próximos 5 anos, estão a expectativa de que o volume de encomendas seja dobrado; dobrar o resultado da receita; triplicar o patrimônio líquido; manter em dois dígitos a margem EBTIDA.

Nesse momento, a empresa olha para o futuro, ciente de que está preparada para abarcar as transformações inerentes à evolução dos serviços postais em curso no país. Com o resgate do reconhecimento e da confiança da população, os Correios, um dos maiores operadores logísticos do mundo, se mostram prontos para competir com as tendências mais desafiadoras do mercado nacional e internacional.