Economia

TCU se une a entidades na denúncia de prejuízo caso a Eletrobras seja privatizada

Por Assessoria 04/02/2022 21h59
TCU se une a entidades na denúncia de prejuízo caso a Eletrobras seja privatizada
Reprodução - Foto: Assessoria
Um jornal de grande circulação no meio econômico brasileiro, o “Valor Econômico”, em publicação no dia 3 de fevereiro, confirma a divulgação das entidades nacionais de representação dos/as trabalhadores/as do setor elétrico, que haviam denunciado as irregularidades com a subavaliação ‘gigantesca’, que expõe erros na privatização da Eletrobras. A denúncia já repercutiu inclusive em órgãos de imprensa internacional como a Reuters. Os/as trabalhadores/as da Eletrobras estão em greve, denunciando os males para o povo e os prejuízos que serão causados, caso o maior patrimônio do povo brasileiro, seja entregue ao capital privado. Segundo a presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas Dafne Orion, “o TCU precisa impedir imediatamente a privatização da Eletrobras, pois foi descoberto que o governo Bolsonaro apresentou um valor de outorga subvalorizado em bilhões de reais! Querem vender a Eletrobras a preço de banana, querem entregar o Brasil!”, afirmou a presidente. Segundo a denúncia, um “erro metodológico” nos estudos técnicos revelou uma subavaliação “gigantesca” no valor da outorga que deverá ser paga ao governo pelos novos donos da empresa. Segundo a publicação, o Tribunal de Contas da União – TCU, através do gabinete do ministro Vital do Rego, pediu vista sobre os valores envolvidos no processo, pois teria identificado erros e os exporia quando o processo voltasse a ser debatido pelo TCU, o que pode acontecer na sessão do próximo dia 9 ou ficar para março. No ano passado, o Monitor Mercantil noticiou denúncia feita pela Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) formalizada ao TCU, CGU, Casas Legislativas, CVM e SEC. A entidade destacou 13 irregularidades, entre as quais renúncia de receita da União na chamada “descotização” das usinas da Eletrobras. “As usinas em cotas tinham contratos já assinados até 2042, o que faz com que esta lei imponha à União uma gigantesca renúncia de receita em prol dos outros [acionistas] ordinaristas e preferencialistas a preço de banana”. Num cálculo rápido feito pela AEEL, com receita anual de R$ 1,5 bilhão até 2042, a renúncia seria de R$ 83,2 bilhões. Considerando um aumento anual do preço de 5%, o valor chegaria no fim da concessão a R$ 230 bilhões entregues ao capital privado.