Economia

Volta às aulas aquece venda de material escolar

Em Maceió, movimento este mês está acima do esperado e cerca de 50% das famílias já compraram itens da lista dos filhos

Por Ana Paula Omena com Tribuna Independente 19/01/2022 10h54
Volta às aulas aquece venda de material escolar
Reprodução - Foto: Assessoria
Está aberta a temporada de compras de materiais escolares. Com o retorno das aulas 100% presenciais, este ano, comerciantes do ramo já observam o reaquecimento das vendas se comparadas com o ano anterior, que por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), o movimento foi fraco, em razão das aulas serem no sistema híbrido. Para Daniel Nunes, gerente da papelaria Papel Quatro, no Centro da capital alagoana, a expectativa é sem dúvida maior para este mês de janeiro, quando os pais correm às papelarias para providenciar cadernos, canetas, papéis especiais, lápis, borrachas, estojos, mochilas e tudo o mais o que forma o “arsenal” da volta às aulas. O movimento está acima do esperado e cerca de 50% das famílias já compraram os itens da lista de material escolar”, frisou. Segundo o gerente, os pais estão mais presentes quando o assunto é material escolar e este ano o movimento começou no último dia 3. “Os pais que têm filhos na rede privada já estão vindo comprar, mas o pessoal da rede pública ainda não veio, porque não tem data certa para começar”, ressaltou. “2021 nem sequer vendeu tudo, foi só um período e depois tivemos que parar tudo. Não compramos novos produtos e este ano quase todos os itens estão com descontos para não encalhar e atrair os pais”, salientou Daniel Nunes. “Temos que vender o estoque ainda este ano, porque se o governador baixar um novo decreto e voltar a restringir, realmente ficará muito complicado”, observou. Poliana Amorim, que é mãe da Miriam de 5 anos, estava assustada com os preços de itens básicos da lista escolar. “É o primeiro ano que compro presencial, porque antes a escola cobrava um valor e repassava. Acho que a gente indo fica mais acessível porque dá para pesquisar e até pechinchar no valor à vista. Mas me surpreendi com os valores que estão ‘babado’, estou saindo com apenas o básico na sacola, ainda faltam algumas coisas”, contou. Manoela Simões, que é madrinha de Carlos Eduardo, diz que este ano quis que o afilhado fosse com ela comprar o material escolar. Para ela, a presença em família nesse momento já começa a trazer estímulos à criança e também inicia a reinserção no ambiente escolar. “Costumo mostrar os preços e comparar com outras marcas quando o afilhado quer levar algo por impulso ou mais caro”, destacou. Beatriz Negrão, gerente de marketing de Pritt Brasil, marca de adesivos escolares da Henkel, explicou que o hábito de compra do consumidor vem mudando com o tempo e escutá-lo é primordial para entender o novo momento nesse retorno às aulas presenciais das crianças para o mercado de material escolar como um todo. “As lojas, as marcas de diferentes itens e o mercado como um todo está retomando o ritmo e se readaptando a nova realidade assim como os pais, os estudantes e as escolas”, salientou.