Economia

Em Alagoas, 34,3% deixaram de procurar emprego no primeiro trimestre deste ano

Dados da pesquisa do Pnad mostra que 199 mil estavam desocupados em 2021 e agora no primeiro trimestre de 2021 já são 254 mil

Por Lucas França com assessoria com Tribuna Hoje 16/06/2021 15h11
Em Alagoas, 34,3% deixaram de procurar emprego no primeiro trimestre deste ano
Reprodução - Foto: Assessoria
A pandemia veio aprofundar o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave. A comparação do 1º trimestre de 2021 com o 1º de 2020, antes do início da pandemia, indica que o mercado de trabalho ainda está longe de dar sinais de recuperação. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografi­a e Estatística (PnadC/IBGE), para o período mostraram: queda de 6,6 milhões no contingente de ocupados no país. Um aumento do total de desempregados de 12,9 milhões para 14,8 milhões. O número de pessoas fora da força de trabalho atingiu 9,2 milhões de pessoas a mais do que no 1º trimestre de 2020. Em Alagoas, os dados da pesquisa mostra que 199 mil estavam desocupados em 2021 e agora no primeiro trimestre de 2021 já são 254 mil. Fora da força de trabalho permanecem 1,4 milhão de pessoas, mesmo número do período anterior. No estado, a taxa de desocupação x desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) também teve um aumento. Em 2020, eram 29,5%, já no primeiro trimestre de 2021 é de 34,3%. [caption id="attachment_455774" align="aligncenter" width="300"] Fonte: DIEESE/IBGE[/caption] Ou seja, no ranking dos estados nordestinos, Alagoas ocupa a segunda posição. Em primeiro lugar na taxa de desocupação x desalento está o estado do Maranhão com 31,1% em 2020 e no mesmo período de 2021, passou para 34,3%. Já a Bahia ocupa a terceira colocação no número de pessoas que desistiram de ir à busca de emprego. Em 2020 era 26,8% e agora 29, 7%, no quarto lugar vem Pernambuco, 2020 (20,8%) e 2021 (27,1%), quinto colocação é Sergipe com (20,7%) em 2020 e (27, 5%) em 2021; sexta colocação  Piauí  (22,8%) em 2020 e  (26,7%) em 2021;  sétimo lugar vem Paraíba (23,6%), ano passado e agora (25,5%); Rio Grande do Norte  ocupa a oitava posição com (23,9%)em 2020 e agora (25,1%) e última colocação, ou seja o nono lugar no ranking ficou com o Ceará (19,6%)  em 2020 e em 2021 (24,8%). BRASIL No Brasil, a taxa que combinam desocupados e desalentados passou de 16,0%, no primeiro trimestre de 2020, para 19,5%, no mesmo período de 2021. E o dado mais preocupante é que, entre os chefes de família, essa mesma taxa combinada de desocupação com desalento correspondeu a 11,2%, em 2020, e a 13,4%, em 2021, o que indica maior número de famílias em situação de vulnerabilidade. Ainda, entre os desempregados, a proporção daqueles que procuraram trabalho há mais de 5 meses aumentou de 49,6% para 61,3%. Os rendimentos médios do trabalho, calculados por hora, ­ficaram estáveis – R$ 15,13 no 1º trimestre de 2020 e R$ 15,41, no mesmo período de 2021, porém o dado não permite comemoração, uma vez que os que ganhavam menos foram os que mais sofreram com a pandemia, perdendo emprego e renda.  Assim, os que tinham maiores rendimentos permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a média no mesmo patamar de 2020. No país, o estado com menor aumento no número de pessoas que deixaram de procurar trabalho foi o estado de Santa Catarina que no primeiro trimestre de 2020, tinha 6,4%  e no mesmo período deste ano 7,2%. Já o estado que o trabalho se sente menos confiante e cansado de procurar emprego foi Maranhão com 31,1% em 2020 e no mesmo período de 2021, passou para 34,3%. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (16), pelo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que é uma instituição de pesquisa, assessoria e educação do movimento sindical brasileiro.