Economia

Em Alagoas, funcionários da Caixa não aderem a mobilização nacional

De acordo com o Sindicato dos Bancários em Alagoas, os serviços não serão afetados nas agências locais

Por Da redação 27/04/2021 12h36
Em Alagoas, funcionários da Caixa não aderem a mobilização nacional
Reprodução - Foto: Assessoria
Em grande parte do país os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) participam de uma mobilização nacional com a suspensão das atividades por 24 horas nesta terça-feira (27). Em Alagoas, segundo o Sindicato dos Bancários as atividades nas agências não serão afetadas, e segue com o funcionamento. Representantes do Sindbancários/AL disse que o percentual de bancários da Caixa que participou da assembleia que discutiu o indicativo de greve, no último dia 22, foi abaixo do necessário para adesão da mobilização. Mas, informou que novas discussões virtuais serão realizadas nesta terça e quarta-feira (28). "Um dos motivos para a decisão tomada pelos empregados da Caixa na quinta-feira é o que eles chamam de privatização fatiada, ou venda disfarçada do único banco 100% público do país. O mais novo alvo do governo Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes é a Caixa Seguridade, que terá seu capital aberto na próxima quinta-feira (29). Os recursos obtidos com a venda da Caixa Seguridade serão devolvidos ao Tesouro Nacional, por meio dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs)", diz a nota do sindicato. REIVINDICAÇÕES O sindicato está reivindicando o cancelamento da abertura de capital da Caixa Seguridade, que está marcada para a próxima quinta-feira (29). “Pedimos desculpas à população, no entanto, é melhor um dia não funcionando do que não funcionando sempre”, diz Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e funcionário da Caixa. Os trabalhadores protocolaram uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no último dia 20, apontando irregularidades na operação que prevê a venda de 15% das ações de um dos braços do banco estatal. “O que a gente reivindica é o fim da privatização aos pedaços da Caixa”, diz Dionísio. “Todos os IPOs grandes foram cancelados porque o preço está muito abaixo de qualquer expectativa”. Além do cancelamento da venda das ações, o sindicato também reivindica a urgente contratação dos funcionários que passaram em concurso público promovido pelo banco em 2014 e que não foram chamados pela empresa. “No país inteiro, mais de 120 milhões de pessoas utilizaram a Caixa durante a pandemia para acessar o FGTS, o Bolsa Família e o auxílio emergencial. Falta empregados e o banco está recorrendo à Justiça para não contratar mais”, diz Dionísio. O sindicato afirma que 20 funcionários da Caixa morreram nos dois primeiros meses deste ano de Covid-19, superando os 18 óbitos no ano passado inteiro. Pelo aumento da exposição, em especial por conta do aumento do fluxo de clientes nas agências para resgate do auxílio emergencial, o sindicato pede que os funcionários sejam incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização.