Economia

Empresário acredita na recuperação do setor turístico, mas com ajuda dos governos

Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Hoje 26/04/2021 09h08
Empresário acredita na recuperação do setor turístico, mas com ajuda dos governos
Reprodução - Foto: Assessoria
Em mais um fim de semana fechado, o setor de bares, restaurantes e clubes de praia localizados ao longo do litoral, amarga cada vez mais prejuízos e promove demissões. O empresário Diogo Albuquerque, um dos sócios, ao lado do advogado Josenildo Soares Lopes, do primeiro beach club da Rota Ecológica, o Milagres do Toque, na praia do Toque, em São Miguel dos Milagres, um setor que foi dos mais atingidos desde o início da pandemia da Covid-19, acredita que o turismo e a categoria de restaurantes pode se recuperar dentro de um prazo não muito longo, mas para isso precisará da ajuda dos governos federal e estadual, para manter empregos e empresas ainda funcionando. Nesta entrevista ele relata o drama vivido pelo setor e a esperança que nutre na recuperação. Como foi a ideia para o surgimento do Milagres do Toque? O sonho de ter qualidade de vida, associado a um negócio numa praia paradisíaca, pessoas maravilhosas e com um potencial incrível, me trouxe a necessidade de colocar em prática todas as ideias, que até então eram somente sonhos. O que criamos não foi um restaurante ou um beach, mas sim, uma experiência sensorial, com produtos colhidos em nossa horta orgânica, pratos e drinks criados por nós.  Nossos garçons atendem os clientes, por exemplo, como se fossem reis e muitos acabam virando amigos. [caption id="attachment_443399" align="alignleft" width="138"] Empresário acredita na recuperação do setor (Foto: Claudio Bulgarelli)[/caption] O objetivo era ser referência em São Miguel dos Milagres? O objetivo foi criar uma experiência tão legal para nós quanto para as pessoas que viriam a ser nossos frequentadores.  O sucesso viria daí. Trazendo ideias novas, sorriso no rosto e a vontade de fazer parte das melhores lembranças dos nossos clientes. Durante a primeira onda da Covid-19, em 2020, quantos meses ficaram fechados? Quase 4 meses, um grande prejuízo, mas não demitimos ninguém na primeira paralisação. E da quando o Governo permitiu a reabertura vocês conseguiram recuperar parte do prejuízo? Estávamos nos recuperando bem, mas o turismo caiu bastante com o fechamento nos finais de semana e feriados. Com a segunda onda e novo fechamento? Agora o prejuízo está sendo muito maior e dessa vez não conseguimos segurar todos os empregos, estamos aguardando uma posição do governo federal, que está alinhando uma nova ajuda para esse segundo momento da pandemia. Esperamos que saia o quanto antes, para que possa salvar milhões de empregos que estão correndo sérios riscos de serem perdidos. Nosso setor de bares e restaurantes foi o mais afetado, fomos os últimos a voltar a trabalhar e ainda com restrições de horários, que para muitos infelizmente está sendo a gota d'água e tiveram que fechar seus negócios. Quais possíveis soluções para salvar o setor a enfrentar as consequências da pandemia? Sem a ajuda dos governos estadual e federal, fica praticamente impossível se manter nesse momento. O dinheiro precisa chegar às mãos das empresas que realmente estão precisando. O pagamento de parte dos salários dos funcionários pelo governo federal na primeira paralisação nos ajudou muito a segurar empregos e manter o restaurante. Mas é preciso que isso se repita o mais rápido possível.  Isso fortalecerá nosso negócio, nossos colaboradores e nosso público, que já viajou muito e sabe o que é bom. Família, casais, solteiros, ninguém se sente excluído no nosso Beach Club. Conseguimos agradar a todos.